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Kaylane:

No sábado Eros estava contente com aquele macacão esmagando seus braços me ajudando a conectar o escapamento que consegui restaurar um antigo que encontrei em um ferro velho.

—Me alcança aquela chave com o centro azul?

—Claro!—disse ele me alcançando.

Eu pintei com um jato de tinta de cores diferentes em cada ferramenta minha, porque falar o nome da ferramenta era pedir pra ele me apresentar meu armário inteiro menos a chave correta.

—Precisa que eu ajude ai em baixo?

—Consegue segurar ele pra mim aqui em baixo pra eu parafusar?

—Sim senhora!—brincou ele trazendo um carrinho. Deitou nele e eu ri quando ele mal conseguiu se impulsionar pra baixo do carro.—Onde eu seguro?

—Aqui e aqui!

Ele estava a meu lado, braço com braço, depois me empurrei mais pra fora ficando com a cabeça perto de suas partes. Eu não tinha minha mente tão poluída assim antes de conhecê-lo. Mas comecei a imaginar inúmeras possibilidades naquela posição. Voltei pra dar mais uma vistoria no encaixe dos canos, meus seios perto do rosto dele.

—Pode soltar!—falei.

—Acho melhor eu continuar com as minhas mãos aqui.—disse ele rouco e eu soube que seu desejo era recíproco.

Voltei a ficar na mesma posição inicial, roçando meu braço ao dele, tirei suas mãos do cano, e dei uma chacoalhada pra ver se estava firme. Eros estava com a respiração pesada, encarei seus olhos, tão límpidos hoje. Mordi o lábio. Eu não conseguiria dar além de migalhas a ele e isso não era justo.

—Você é a coisa mais incrível do mundo sabia?—sussurrou ele e passou uma mão por meu rosto encaixou em minha nuca e deixei que ele me conduzisse aos seus lábios. Quente. Eros era quente. Seus lábios sugavam os meus, sua língua dançava não só com a minha, mas também em meus dentes, meu céu da boca. Minha mão traiçoeira entrou pelo seu macacão e começou a descer, eu queria chegar naquele lugar, queria sentir a pele a dureza e a maciez, eu queri. . . mas não podia. Tirei a mão e segurei debaixo do carro deslizando o carrinho pra fora do carro.

—Vem, preciso ver se ficou bom!

—Me de um minuto!—murmurou ele, e depois.—Não consigo sair daqui, como faz?

—Segura no carro e se puxa.

Ele tava passando trabalho então o peguei pelas pernas e o puxei, meus olhos traidores foram para aquele volume em suas calças.

—Uffa. . .—brincou ele.—Achei que eu não ia conseguir sair dali.

—Aí que dramático!—estendi a mão o puxando.—Vem minha donzela.

—Você é encantadora!—brincou ele.

. . .

Fim do mês, Sarah foi viajar e não contei nada a nenhum dos meninos que ia ficar no AP dela pra jogar com Eros. Curiosidade aguçava meus sentidos. Mas a frustração por não ter conseguido o som no leilão atacou meus nervos e eu precisava de uma distração. No caminho pra lá passei no mercado.

Bati na porta com os braços cheios de compras.

—Lane eu disse que não precisava. . .

—Estou frustrada e comer me acalma.-falei entrando no Ap e levando as compras pra cozinha.

Hoje realmente estou com más intenções, e vim decidida a deixar rolar. Eros deitou o sofá cama para ficar bem perto da TV. Enquanto preparava um pote de M&M com amendoim torrado.

Coração MecânicoOnde histórias criam vida. Descubra agora