Capítulo 3

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🎧Panic at the disc - High hopes

🎧1NoMBe - Freak like me

🌟Não esqueçam de deixarem o voto, boa leitura🌟


🐝Jimin🐝


Eu estou lidando com todos os preparativos para o funeral, minha mãe ficou de avisar as pessoas que conheciam meu pai. Como meus avós paternos já faleceram, acho que não tem muita gente para avisar, nem sei se ele tinha algum amigo.

O pessoal do seguro veio falar comigo e minha mãe, falar sobre como ocorreu o acidente. Um caminhão cruzou o sinal vermelho e bateu no carro dele, que capotou. Ele foi levado para o hospital, mas os ferimentos eram muito graves e ele não resistiu. Vamos receber uma boa quantia pela morte dele. Irônico, ele nunca gastou um centavo a mais que o necessário com a gente, e agora com sua morte vamos receber uma boa grana.

Minha mãe não se sente bem com isso, ela chegou a dizer que não queria, que a gente pode se virar sem esse dinheiro, e até podemos mesmo, mas vou aceitar o dinheiro. Mesmo que não compense os anos de abuso e maus-tratos que vivemos nas mãos dele, o dinheiro vai ajudar a nos estruturar enquanto não consigo um emprego melhor.

Minha mãe conseguiu uma vaga em uma escolinha pra ensinar artes, ela fez faculdades de artes visuais quando era mais jovem, mas nunca conseguiu trabalhar com isso, pois meu pai nunca deixou. Ela parece bem animada com a ideia e eu apoio qualquer coisa que ela quiser fazer.

Hoje é o funeral, estou vestidos com roupas tradicionais de luto, um terno preto e uma camisa social branca por dentro e uma faixa listrada no braço esquerdo, minha mãe está com um vestido preto abaixo do joelho. 

Não sei bem como me sinto ainda, não estou triste, mas também não estou feliz. É como se uma pessoa que eu não conheço tivesse morrido. Eu sinto alguma coisa, talvez pena, por ele ter morrido antes de se arrepender por tudo que fez. Minha mãe esta visivelmente triste, ela é uma pessoa com o coração tão bom, que não consegue ficar feliz pela morte dele. Ela já chorou e tudo.

— Tudo bem? — Pergunto, olhando nos seus olhos, que estão cheio de lágrimas.

— Ah, meu querido, é tão triste essa situação, seu pai era jovem ainda, tinha a vida pela frente. — Responde cabisbaixa. 

— Mãe, agora quem tem a vida pela frente é você. — Digo secando suas lagrimas, sem nenhum um pingo de tristeza.

— Não fale assim meu amor, era seu pai.

— Mesmo sendo meu pai, não deixa de ser uma pessoa horrível. — Digo segurando seu rosto e olhando nos seus olhos. — Mãe, agora a senhora pode fazer o que quiser. A gente pode pegar aquele dinheiro e comprar belas roupas, mudar seu visual. A senhora é linda, ele sempre ofuscou sua beleza, você merece tudo de melhor que a vida tem a oferecer. — Ela me olha e um leve sorriso surge no canto de sua boca.

— Você também meu amor, quero que você saia, encontre novos amigos, faça tudo que não pôde fazer todos esses anos. Se você for livre, eu também serei. — Diz e então me abraça.

A sala do funeral era como aquelas que eu tinha visto nos filmes; tinha uma foto dele numa espécie de altar, e muitas flores ao redor. Não tinha muita gente, algumas pessoas do escritório, e uns antigos amigos da faculdade onde ele e minha mãe se conheceram. Vejo minha mãe conversando com um homem alto, com um terno preto e um olhar triste.

— Querido, esse é o Gong Yoo-ssi, um amigo da época da faculdade. — Me apresenta ao homem

— Muito prazer. — Digo me curvando educadamente.

7 Minutos no CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora