Capítulo 31

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Dirijo cortando por entre os carros, pouco me importando com se levarei uma multa depois. Meu pai me mandou uma mensagem dizendo que queria falar comigo e estava indo para o meu apartamento. A merda é que o Jimin está no meu apartamento e conhecendo os dois, isso vai dar muito ruim.

Assim que chego ao apartamento aperto os botões do elevador, mas como esse parece demorar, corro para as escadas, subindo os degraus de 3 em 3. Abro minha porta num rompante, sem me importar se quebrou ou não.

— Jimin? Jimin?— Chamo, mas nem sinal do loiro.

Olho em volta e noto a bagunça de várias notas de dinheiro no chão, e alguns móveis empurrados. Começo a ficar muito nervoso com o que pode ter acontecido ali. Vou ao meu quarto em busca de Jimin. Mas esse parece vazio. E eu já estava saindo para procurar o loiro em seu apartamento, mas ouvi sons vindo de meu closet.

Assim que abri a porta meu coração pareceu ter quebrado em milhões de pedacinhos de tão apertado que o senti em meu peito. Jimin estava encolhido no canto, e quando abri a porta ele se encolheu mais ainda, se apertando no cantinho. 

— Jimin... — Tentei me aproximar e tirá-lo de lá, mas ele se debateu, me afastando, como se estivesse com medo de mim.  — Jimin, o que aconteceu? — Pergunto, mas ele não me respondeu, só continuou chorando e abraçando os próprios joelhos. Tentei outra vez me aproximar, mas Jimin começou a se debater até que eu me afastasse, então se trancou em meu closet novamente, começando um surto de choro mais alto.  — Jimin, eu não sei o que aconteceu aqui. Eu só...me desculpa por ter te deixado sozinho. Por não ter estado aqui quando você precisou de mim. — Falei, com a voz falhada. Só então percebi que eu também chorava. 

Eu não sabia o que fazer. Ver Park Jimin assim, quando estou tão acostumado a vê-lo sempre por cima, me deixou totalmente sem chão. Doía tanto. Passei um tempo ali encostado ao lado da porta, chorando silenciosamente, esperando que Jimin se acalmasse. 

Quando ele pareceu se acalmar, esperei que o mesmo saísse de lá. Mas como não, abri a porta devagar, e o vi cochilando com a cabeça apoiada na parede atrás de si, o rosto manchado de lágrimas, machucado em uma parte.

De repente senti meu estômago revirar quando constatei o óbvio: Meu pai bateu em Jimin. Tentei tirar Jimin dali, sem acordá-lo, mas assim que o toquei, Jimin despertou, se afastando de mim desesperadamente. Saí de lá, preferindo deixá-lo sozinho, já que minha presença o atormentava. 

Decidi então chamar quem eu sabia que ele ouviria. Procurei o celular de Jimin pelo apartamento, o achando carregando na bancada da cozinha. Isso explica por que ele não me atendia. Liguei o celular e destravei indo até seus contatos, colando pra chamar quando encontrei quem eu queria.

Oi, meu príncipe? 

— Senhora Park, está em casa?

— Ah, sim. Cheguei faz pouco tempo. Está tudo bem? Cadê Jimin?

— Jimin está dentro do meu closet. Meu pai fez...algo com ele. Eu não sei o que fazer. — Eu disse em meio a lágrimas.

Estou indo para aí agora mesmo. — Disse e desligou.

Coloquei o celular de volta na bancada. Pouco tempo depois a Senhora Park adentrava no apartamento, parecendo agitava, mas não exatamente abalada. O que me fez pensar que isso talvez já tivesse acontecido antes.

7 Minutos no CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora