⠀⠀⠀003. CAPTAIN AMERICA |˓𓄹 ࣪˖

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"Soube que você é a Nova
Esperança da América"

          ISABEL CARTER TINHA oito anos quando aprendeu, da forma mais cruel, que a vida raramente se desenha com sentimentalismos

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     ISABEL CARTER TINHA oito anos quando aprendeu, da forma mais cruel, que a vida raramente se desenha com sentimentalismos. Seu pai — um homem marcado por perdas e silêncios — não sabia lidar com a ausência da esposa. O luto nunca encontrou saída honrosa naquela casa. Apenas se instalou como um visitante permanente, consumindo aos poucos tudo ao redor.

Havia uma sombra constante no amanhecer da casa Carter, e não era só o luto. Era o que veio depois. A culpa, o peso, o olhar que nunca a via sem enxergar a ausência de outra. Isabel não entendia tudo o que carregava nas costas, mas sentia. Sentia quando o silêncio era longo demais. Sentia quando a mão não era só voz. Sentia quando o coração do pai endurecia um pouco mais a cada manhã.

Os gritos não eram mais assustadores. Tornaram-se parte da rotina, como o ranger da madeira velha ou o relógio da sala marcando a hora de mais uma noite sem paz.

O irmão, que havia voltado da guerra com olhos gastos e alma calejada, foi quem finalmente impôs um limite. Ele não falou muito, mas agiu com a firmeza de quem sabe o que é viver em meio ao horror. Reuniu tudo o que era possível em duas malas. Uma para Peggy. Outra para Isabel. E apontou a porta.

Elas partiram sem cerimônia.

Peggy hesitou. Os olhos marejados fixos na poltrona gasta onde o pai passava horas calado, virado para o fogo — ou para o que restava dele. Ela hesitou porque, diferente de Isabel, nunca carregou a culpa.

A diferença entre as duas irmãs era simples, mas profunda. A mão do pai jamais se ergueu contra Peggy. Nunca houve palavras amargas jogadas contra sua existência. Isabel, por outro lado, cresceu ouvindo que sua vida custou outra.

A mãe morreu no parto. Essa era a única frase que jamais era dita em voz alta, mas que se infiltrava em tudo. Como uma rachadura invisível que parte a casa ao meio.

Aos oito anos, Isabel viu o mundo com clareza pela primeira vez — e desde então, não encontrou mais motivos para transparecer emoções que só serviriam para machucá-la de volta. Cresceu com um tipo de racionalidade que, para os outros, soava frieza. Mas era apenas sobrevivência.

𝐃𝐀𝐆𝐆𝐄𝐑 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍 ¹⟢ ⁱˢᵃᵇᵉˡ ᵉˡⁱᶻᵃᵇᵉᵗʰ ᶜᵃʳᵗᵉʳ Onde histórias criam vida. Descubra agora