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                          Alexia Cooper

Segunda-feira 17 de dezembro

Toda vez que paro para pensar, percebo o quão rápido o tempo passa. Ontem, eu estava recebendo a notícia que minha irmã nasceu, e agora estou aqui, sentada em uma cadeira esperando um julgamento, para qual eu fique com a guarda da minha irmã.

Eu nunca imaginaria que isso aconteceria. Cuidar de alguém, mais do que a si mesmo é muita responsabilidade, mas para minha irmã, eu sou capaz de fazer tudo, e aguentar tudo. Nem tudo são rosas, como dizia meu pai quando eu era mais nova. Ele tinha razão, nem tudo são rosas, e se são, elas sempre são muchas e com mais espinhos.

Sempre teremos alguém para atrapalhar nossa vida, seja lá como for. Pensar que minha vida virou de cabeça para baixo por conta da minha mãe, é inacreditável. Eu nunca imaginaria, que estaria em um tribunal para acusar a minha mãe de assassinato e maus tratos.

O único pequeno lado que me alegra nisso, é que não estou sozinha. Tenho Vinnie do meu lado. E isso é estranho, pois conheço ele a pouco tempo, mas parece que nos conhecemos a anos. Ele está sendo muito especial na minha vida agora, por mais que brigamos e discutimos, ajudamos um ao outro.

O juiz bateu aquele martelo na mesa dele e me assustei saindo dos meus pensamentos. Arthur, meu mais novo advogado, me olhou e o olhei de volta, acertando minha postura.

- Podemos começar?--- O juiz perguntou e todos concordaram--- Todos nós sabemos que estão aqui para acusar e discutir sobre a guarda de Luna Jace Cooper--- Todos concordaram--- Escutaremos primeiro o lado de Alexia Cooper, que seu advogado Arthur Melo falará em seu lugar. Pode se levantar e comece

- Falas não são o suficiente, não ao meu ponto de vista. Provas são o suficiente, e é o que temos para mostrar aqui--- Arthur começou--- Dito por Alexia, Maya nunca foi uma mãe presente, nem para ela e nem para luna. Alexia comenta, que Maya e seu marido, Jason, sempre foram agressivos, e é claro, afinal Maya matou sua vizinha, apenas para ficar com o marido da mesma.

- E você tem provas disso?--- o advogado de Maya perguntou olhando para Arthur

- Silêncio por favor, não está na sua hora de falar--- O juiz bateu aquele martelo na mesa novamente

- Respondendo sua pergunta, Sim, tenho provas disso--- Arthur sorriu sínico para o moço--- Podem colocar o vídeo por favor?

Em segundos o vídeo começou a ser reproduzido no telão. Eu preferi não ver, afinal aquilo não era bom para mim. Abaixei minha cabeça sem olhar para o telão. Assim que o vídeo terminou olhei para Maya que mordia os lábios de forma nervosa.

- E não temos só isso. Também temos um áudio de luna falando de seu padrasto, recentemente--- Falou e logo colocou o áudio de luna

Ouvir aquilo me deixa muito mal, e pensar que se eu não ficar com a a guarda dela, ela vai passar por isso calada e sozinha. A angustia ficava ainda maior e eu sentia um enjôo gigantesco, mas sabia que não ia vomitar nem nada.

Assim que o áudio acabou, a porta se abriu e assim que a pessoa andou mais um pouco vi meu pai. Meu corpo travou e eu não mexia e travei por completo. Eu não o via a mais de treze anos, e agora estou o vendo na minha frente, firme e forte sem nenhum aranhão.

- Sei que não deveria estar aqui, mas tenho coisas a dizer sobre Maya--- Ele disse enquanto olhava para Maya

- Não deveria mesmo, mas é testemunha, então conte--- O juiz falou e logo meu pai me olhou 

- Maya é com certeza a mãe mais agressiva e estúpida do mundo--- olhou para o juiz--- Quando Alexia tinha três anos, ela não queria vestir um vestido florido, e Maya ficou brava por isso. Levou Alexia para a área de serviço e colocou a cabeça da garota em um balde D'água

𝑪𝒉𝒆𝒇𝒆 | Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora