L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)

[13]

*Cecília Mitchell*

-Vá se arrumar Cecília. Vamos ter um jantar com minha família aqui hoje. –Disse Lorenzo com uma expressão séria.

Seus olhos percorreram por todo meu corpo. Senti minhas bochechas queimando de vergonha.

-Que horas?

-Esteja na sala de jantar as 20:00h. –Disse saindo.

Por que ele nunca trocava mais de cinco frases comigo? Eu ainda tenho perguntas! Se bem que sinceramente duvido que ele vá responder alguma.

Fui para o quarto, ainda eram 18:00h, tomei um banho quente, deixando que a água me acalmasse pelo menos um pouco. Quando sai do banheiro lembrei-me de uma coisa...

TODAS AS ROUPAS ESTÃO NO QUARTO DE LORENZO!

-Merda...

Enrolei a toalha branca no meu corpo, abri a porta do quarto cuidadosamente e coloquei só a cabeça para fora. Ótimo. Não tinha ninguém.

Fui diretamente para o quarto de Lorenzo. Entrei silenciosamente e fechei a porta.

-O que está fazendo Cecília?

Me assustei com aquela voz grave. Virei pra ele morrendo de vergonha.

-As roupas estão todas aqui. –Murmurei com as bochechas vermelhas.

Ele foi chegando cada vez mais perto de mim. Estava com aquele olhar predatório. Suas pupilas estavam dilatadas.

Meus batimentos cardíacos estavam á mil.

-Não deveria me provocar desse jeito neném... Você ainda não sabe do que sou capaz de fazer. –Falou com um sorriso sacana no rosto.

-Lorenzo, não chega perto de mim. –Falei em um tom baixo.

-Eu ainda não vou tocar em você querida... Pretendo deixar você se acostumar com a idéia de ser minha, antes de qualquer coisa.

-Eu não sou sua.

-Não? –Disse chegando mais perto. –Veremos neném.

Depois de ter dito isso saiu do quarto. Soltei a respiração que nem sabia que estava prendendo.

Entrei no closet e escolhi um vestido amarelo de alças com um decote em V. Ficava no meio das minhas coxas, e tinha alguns babados na barra. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo alto e fiz uma maquiagem leve. Coloquei um salto médio da cor branca e desci para jantar.

Tinham seis pessoas na sala tirando Lorenzo. Três mulheres e três homens. Quando perceberam minha presença Lorenzo foi o primeiro a quebrar o silêncio.

-Quero lhes apresentar Cecília. –Disse.

Todos me olhavam com curiosidade.

-É um prazer querida. Sou Nicoletta, mãe do Lorenzo, do Gregório, Francesco e da Angelina. –Disse apontando para cada um dos filhos.

-O prazer é meu, senhora Pellegrini.

-Senhora está no céu menina, pode me chamar só de Nicoletta. –Disse rindo.

-Sou Luigi Bianchi. Pai de Nicoletta e consequentemente avô desses quatro inconsequentes. –Disse apontando para os irmãos Pellegrini.

-Eu sou Antonietta. A avó deles.

-É um prazer conhecer todos vocês. –Falei.

Todos estavam bem arrumados, era uma família bem elegante e de longe aparentava ser amorosa. No caso todos pareciam simpáticos menos Lorenzo, é claro.

-Vamos jantar. –Falou meu "querido" sequestrador.

Estávamos todos na mesa. A família toda conversando. Eu estava quieta comendo.

-Você é muito bonita Cecília. –Disse Angelina, a irmã dos Pellegrini.

Angelina era uma mulher que não aparentava ter mais de 26 anos. Longos cabelos castanhos, rosto bonito, era alta, deveria ter 1,75 cm. Eu, com 1,57 cm, parecia uma anã perto dessa família.

-Obrigada, você também é muito bonita. –Falei com um sorriso envergonhado.

-O que você é do meu irmão? –Perguntou Francesco.

UMA VÍTIMA... Era isso o que eu tinha vontade de falar.

-Pra falar a verdade, não sei.

-Nossa relação é nova, irmão. Ainda não nomeamos o que temos, não é querida? –Lorenzo me olhou com um sorriso falso.

-Pode se dizer que sim... –Murmurei.

-Pretendem assumir uma relação mais séria futuramente? –Dessa vez foi Luigi quem perguntou.

-Não quero nenhuma relação com esse monstro... –Falei em meu pensamento, pelo menos pensei que tinha sido. Quando levantei a cabeça vi que todos me encaravam. Lorenzo estava com um olhar feroz. Parecia zangado.

-Vá para o quarto Cecília. Temos que ter uma conversinha. –Disse Lorenzo entredentes.

Eu já estava tremendo dos pés á cabeça. Tinha certeza que estava pálida.

-EU MANDEI VOCÊ SUBIR PORRA! –Disse ele batendo as mãos fortemente na mesa.

Assustada, levantei rapidamente e subi correndo para o quarto.

Meu Deus... O que eu tinha feito?