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*Lorenzo Pellegrini*

Não conseguia abrir os olhos. Estava deitados, mas não sei onde estava.

Só conseguia ouvir algumas partes de uma conversa.

-Não podemos ficar aqui... Levá-lo de Helicóptero...

-Se os Russos pegarem a gente... Eles chegam aqui em 2 horas...

A escuridão me engoliu novamente.

*Gregório Pellegrini*

Depois que Lorenzo caiu, tivemos que levá-lo para o hospital imediatamente. Não iria dar tempo de chegar na Itália.

Paguei para o médico que nos atendeu. Pedi que agisse com discrição. E mandei cuidar dele para que levássemos Lorenzo de helicóptero para Palermo o mais rápido possível.

Assim que chegamos na Itália, meu irmão foi internado.

Fiquei junto com Francesco no hospital.

*Cecília Mitchell*

Angelina me ligou dizendo que Lorenzo estava no hospital. Me arrumei rapidamente e pedi pra o motorista me levar para lá.

Quando cheguei encontrei a família Pellegrini na sala de espera.

-Como ele está? –Perguntei agoniada.

-Não sabemos. –Respondeu Gregório.

Nicoletta chorava abraçada a Angelina.

Me sentei ao lado de Francesco e esperei.

Só depois de duas horas o médico apareceu.

-Família de Lorenzo Pellegrini? –Perguntou.

-Somos nós. –Gregório falou.

-Sou o Dr. Lombardi. –Disse. –Lorenzo está estável agora. Está com três costelas quebradas, sofreu uma contusão cerebral, está desidratado e desnutrido. Também está cheio de ferimentos pelo corpo. Mas com descanso e medicamentos ele ficará melhor.

-Podemos ver ele Doutor? –Francesco perguntou.

-Podem. Mas só duas pessoas por vez. E ele está dormindo.–Respondeu.

-Eu e Angelina vamos primeiro. –Falou Nicoletta. –Depois o Francesco e o Gregório. Você se importa de ir por último, querida? –Perguntou para mim.

-Não, podem ir. –Respondi com um sorriso.

-Você pode passar a noite aqui com ele, se quiser. –Falou.

-Vou ficar com ele sim.

A mãe e a irmã de Lorenzo entraram no quarto.

Depois de 10 min foi a vez dos dois irmãos.

Quando a família Pellegrini foi embora do hospital eu entrei para ver Lorenzo.

Ele estava pálido. Aparelhos estavam ligados à ele, e ao seu lado estava um suporte com o soro.

Antes que eu pudesse controlar, lagrimas caíram de meus olhos.

Sentei na poltrona que estava ao lado da cama. Segurei a mão dele e chorei.

O rosto dele estava todo machucado. Os lábios cortados. Parecia tão frágil que dava medo de chegar perto.

As horas passaram e eu continuei sentada segurando sua mão. Até que caí no sono.

*Lorenzo Pellegrini*

Abri meus olhos, mas logo os fechei pois a claridade me cegava.

Quando consegui olhar ao redor, percebi que estava em um quarto de hospital.

Sinto algo apertar minha mão.

Olho para o lado e vejo Cecília dormindo, ela estava toda torta na poltrona, segurando minha mão.

Abri um sorriso involuntário.

Ela era tão linda.

Seus olhos foram se abrindo aos poucos. Quando focou em mim ela abriu um sorriso lindo. Mas logo lágrimas escorriam por suas bochechas.

-Eu fiquei tão preocupada com você. –Falou entre soluços.

Eu abracei ela com um pouco de dificuldade.

-Estou aqui meu amor... –Sussurrei.

-Você não pode fazer esforço. Vou chamar o médico.

-Não, Cecí. Fica um pouco aqui comigo. –Falei puxando ela para a cama.

Coloquei Cecília deitada ao meu lado e a abracei com toda a força que tinha. Ela enterrou seu rosto no meu pescoço e chorou baixinho.

Antes que eu me desse conta, lágrimas inundaram meus olhos também.

-Senti sua falta, neném. –Falei.

Ela não respondeu, mas me abraçou mais forte.

Depois de uns 10 min ela foi chamar o médico.

Minha família apareceu logo em seguida.

Foi ai que eu percebi o quanto eu estava com saudades.

L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora