*Igor Özkan*
-Precisamos ir para a Rússia. É a melhor forma de encontrar eles. –Disse Fabrizio.
Estávamos na Base, em uma das salas de reuniões.
A Base é onde os soldados vivem. Aqui também tem salas de reuniões, tem a sala de comando, e a torre central, no subsolo temos uma espécie de sala para tirarmos informações de quem precisamos (se é que me entende).
Fabrizio e eu estamos vendo o que vamos fazer. Como resolver essa situação.
-Perdemos o sinal assim que eles entraram em território Russo. Foi uma armadilha. –Falei. –Não podemos entrar lá sem um bom plano. E precisamos saber onde eles estão exatamente. Não temos a localização de nenhum lugar da Máfia Russa.
-Vamos contatar os Bianchi?
-Não podemos deixar que outras Máfias descubram que estamos sem o Don. A Cosa Nostra pode ser atacada. –Falei com preocupação.
-Temos o Bernardo Bianchi. –Disse Gregório Pellegrini, irmão de Lorenzo, enquanto entrava na sala. –Podemos confiar na discrição dele.
-Pensei que ele não gostasse do Lorenzo. –Fabrizio falou.
-Eles não são amigos. Mas também não se odeiam. É uma relação neutra por conta da aliança da Cosa Nostra com os Bianchi.
-Como ele pode nos ajudar? –Perguntei.
-Ele tem contatos. –Gregório respondeu sério. –Vou ligar para ele.
O Pellegrini saiu deixando Fabrizio e eu sozinhos novamente.
-Essa vai ser uma missão difícil, em Turco... –Falou.
Nasci na Turquia, por isso esse apelido.
-Vamos torcer para que tudo certo. –Falei sério.
Horas mais tarde Gregório aparece Junto com Bernardo.
-Entrei em contato com um amigo. Ele tem uma pessoa com ele que é dos Russos. –Disse Bernardo.
-Informante? –Fabrizio perguntou.
-Prisioneiro. –Respondeu sério. –O Russo ta lá no subsolo.
Seguimos para a "sala de informações". Lá era como se fosse uma prisão. Encontramos o prisioneiro na sala B12. Ele estava preso por umas correntes que desciam do teto, estava só com as pontas dos dedos dos pés tocando o chão.
Na mesa ao lado tínhamos alguns objetos interessantes...
Um maçarico, uma barra de ferro, faca de serra, uma pistola, entre outros brinquedinhos.
Em outro canto da sala tinha uma maca com algemas. Um pouco mais atrás um tambor cheio de água com um pano seco pendurado na beirada.
-Vamos começar a brincadeira. –Falei. –Quer fazer as honras Gregório?
-Com todo o prazer.
Gregório pegou a faca.
-O nosso amigo sumiu. Achamos que os seus amiguinhos Russos estão com ele. Então por que você não tem a bondade de falar para a gente os locais que nosso amigo pode estar? –Falou enquanto brincava com a faca entre os dedos.
-Vão á merda.
-Tsk,tsk... Resposta errada. Acho que você não se importa de perder um dedo né?
Gregório se abaixou e começou a serrar um dos dedos do pé do Russo.
O cara gritava com toda a força. Lágrimas escorriam por seus olhos. E ele se debatia.
-É complicado serrar um dedo enquanto você está se debatendo... –Falou de forma entediada.
O chão já estava todo sujo com o sangue do prisioneiro.
-Bom... –Gregório é interrompido pelo seu celular que começa a tocar. –Tenho que atender. Vocês vão ter que brincar sozinhos. Me mantenham informado. –falou saindo.
-Vou indo também. –Disse Bernardo.
Ficamos só Fabrizio e eu. E claro... O russo.
-Vamos continuar... –Falei.
-Vou ficar sentadinho aqui, sem abrir minha boca. –Falou Fabrizio. –Adoro assistir. Mão à obra Turco.
Peguei o maçarico e a barra de ferro, e então continuei com a brincadeira.
Depois de horas e com um homem morto aos meus pés, liguei para Gregório.
-Não consegui nada. O homem era só um peixe pequeno.
-Vou conversar com Bernardo. Ele deve ter mais um russo jogado por ai. –Respondeu.
Com essas poucas palavras encerramos a chamada.
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L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)
RomanceCecília Mitchel é uma jovem recém formada que acaba de se mudar para Milão. Ela é uma mulher forte, carinhosa e bondosa mas esconde um passado trágico e perturbador. Lorenzo Pellegrini o temido Don da máfia italiana Cosa Nostra. Ele é cruel, frio e...