[23]

12.7K 751 63
                                    

*Lorenzo Pellegrini*

Eram 07:55 AM. Olho para o lado e vejo Cecília dormindo tranquilamente.

Depois que a mulher em minha cama me contou o que aconteceu no seu passado eu fiquei puto. Queria matar o desgraçado que tinha feito aquilo com ela. Mas não dava, ela não sabia nada dele além de seu rosto.
Tentei ser mais gentil, queria que ela visse que eu não iria machuca-la. 

Atingi meu objetivo.

Passar todo esse tempo com Cecília não foi ruim, mas não posso criar nenhum tipo de sentimento romântico por ela. Se eu me apaixonasse alguém poderia tentar usa-la contra mim.
Eu prefiro morrer do que ver Cecília sendo usada e machucada para me atingir, então não posso deixa-la se aproximar mais. Chega.

Sou obcecado naquela mulher, ela é minha. 100% minha, e ninguém tem o direito de tira-la de mim, mas não posso continuar com essa brincadeira de casal feliz.

Saio da cama, tomo um banho rápido e vou para o meu escritório.

Tenho uma reunião com meu irmão Francesco em 5 min. Enquanto ele não chega resolvo uns assuntos que tenho pendentes.

-Come sta il mio figlio di puttana preferito? –Perguntou já entrando.

Francesco nem se da o trabalho de bater na porta. Haja paciência...

-Sua sorte é que nossa mãe não escutou o que você acabou de falar, se não você seria um homem morto.

O idiota abre um sorriso gigante.

-Bom... O que tenho pra falar é rápido.

-Então fala logo.

-Dia 23 vamos ter que ir para a Rússia. Os Russos querem um acordo. –Disse sério.

Uma das máfias de lá vive tentando nos atacar. Rixa antiga, da época do meu avô Costanzo Pellegrini.

-Estou com uma sensação ruim sobre esse assunto. –Falei.

-Mas temos que ir mesmo assim. Vamos levar soldados de qualquer jeito.

-Quero cinquenta soldados com a gente.

-Assim será então. Filippo também vai?

-Claro. Ele é meu consigliere.

-Ótimo.

*Cecília Mitchell*

Acordei sozinha na cama, olho para o relógio que marcava 13:00 h.

Merda. Dormi demais.

Levantei, vesti uma roupa e fui direto para a cozinha. Meu estomago estava doendo de fome.

-Boa tarde, Giulietta. O que tem de bom pra comer? –Perguntei com um sorriso.

-Estou vendo que acordou animada querida. –Riu. –Posso preparar um sanduíche, quer?

-Adoraria! Faz muito tempo que não como um.

Enquanto comia, Lorenzo entrou na cozinha e nem me falou oi, foi direto pegar água na geladeira.

-Boa tarde, Lorenzo.

-Boa tarde. –Respondeu sem fazer questão de me olhar.

-Dormiu bem?

-Sim.

É isso? Ele vai me tratar assim depois de todos esses dias?

-O que você tem hoje em?

-Não tenho nada Cecília. Estou agindo normalmente.

-Mas você não estava assim antes... –Falei baixinho.

-Cecília... –Deu um suspiro cansado. -Entenda uma coisa... Eu te tratei bem esses dias para mostrar que você poderia confiar em mim, que eu não iria te machucar. Preciso da sua confiança total para fazer o que pretendo fazer naquele quarto.

-O que você quer dizer?

-Quero dizer que não é só por que transamos que estamos em um relacionamento. Não fiz promessas de amor para você. A única coisa que posso prometer futuramente é a fidelidade quando nos casarmos. –Disse indiferente.

QUE FILHO DA PUTA! Ele se acha demais.

-Não estou dizendo que estamos em um relacionamento Lorenzo. E também não estou pedindo seu amor. Babaca!

Sai sem esperar uma resposta.

Quem ele pensa que é?

Idiota!

L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora