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*Cecília Mitchell*

-Você ta maravilhosa. Que corpo em... –Falou Angélica.

-Se eu gostasse da fruta eu pegava... –Angelina me olhou com uma cara de safada.

Gargalhamos.

Acabamos de chegar na praia e eu tirei a saída de banho, ficando só de biquíni.

Tinha escolhido um biquíni vermelho, que iria me deixar com uma marquinha maravilhosa.

-Obrigada meninas. Vocês também estão maravilhosas. –Falei sorrindo.

-Amiga, antes que eu me esqueça, comprei um celular para você. –Angelina me entregou um celular ainda na caixa.

-Não tinha necessidade, mas obrigada. –Falei sorrindo. –O seu irmão provavelmente vai tira-lo de mim de qualquer jeito.

-Não vai nada. Eu falo com ele. –Falou revirando os olhos. –Já está configurado, coloquei o número da minha mãe, da Angélica, do Lorenzo e o meu.

-Obrigada.

-Por nada.

-Vamos pegar um sol. –Disse Angélica.

Coloquei o celular na bolsa da Angelina e deitamos na areia.

Mais tarde eu iria tentar ligar para Emily.

Depois de uns 10 min já estava ficando com sede.

-Meninas vou comprar uma água de coco, alguém quer?

-Queremos. Responderam em uníssono.

Fui para o quiosque, fiz o pedido e esperei sentada em um dos banquinhos que tinha na frente do balcão.

-Tem alguém sentado aqui? –Perguntou um homem loiro. Ele estava sem camisa, alguém me segura... O homem era um Deus Grego. (Nunca falei que eu era santa... Sei reconhecer um homem bonito quando vejo um.)

-Não. Pode se sentar. –Disse sorrindo.

Lorenzo também era um Deus grego, porém o temperamento dele e o fato de ter sido um filho da puta comigo estragava a beleza. (Brincadeira, não estragava merda nenhuma, mas eu não posso ser manipulada por um rostinho bonito).

-Sou Bernardo. –Disse estendendo a mão.

-Cecília.

Nos cumprimentamos.

-Mora aqui em Palermo Cecília?

-Meio que fui obrigada... –Murmurei.

Merda! Não posso abrir a boca e falar com qualquer um sobre ter sido sequestrada por um maníaco bipolar.

-Obrigada? –Perguntou.

-É... Trabalho, sabe como é.

-Ah sim. –Respondeu sorrindo.

-Aqui está senhorita. –Falou o cara me entregando os cocos.

-Obrigada. –Paguei com o dinheiro que Angelina tinha pego do irmão. –Tenho que ir, foi um prazer conhecer você Bernardo.

-Igualmente. –Respondeu sorrindo.

A nossa tarde passou voando, quando eu vi, já estava na hora de ir embora.

Quando cheguei, fui direto tomar um banho. Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo. Me deixando mais relaxada.

Vesti uma camisola preta colada no corpo. Deitei na cama e tentei ligar para a Emily.

-Alô?

-Emily? Sou eu, Cecília.

-Ah oi amiga. Mudou de número por quê?

Não poderia contar pra ela o que aconteceu... Não sei o que Lorenzo poderia fazer com ela se eu contasse.

-Longa história... Estava morrendo de saudades de conversar com você. –Falei sorrindo.

-Tá com Alzheimer é? Conversamos por mensagem ontem, maluca. –Falou rindo.

Lorenzo è un figlio di puttana... Deve ter mandado alguém conversar com Emily de vez em quando para ela não desconfiar.

-Ah... Verdade, mas não é a mesma coisa que ouvir sua voz.

-Ah que bonitinha. Mas amiga, vou ter que desligar. O Chris já está para chegar.

-Chris?

-É Cecília. Eu falei para você que tinha começado a sair com ele. Não presta atenção nas mensagens não porra?

-Desculpa, tinha esquecido, cabelo de salsicha. Não precisa ser grossa comigo.

-Ai tá bom filhote de cruz credo. Te ligo quando der.

-Beijos.

-Com quem que estava falando? –Perguntou Lorenzo entrando no quarto.

Tomei um susto e escondi o celular de baixo das cobertas o mais rápido possível.

-Com ninguém. Estava falando sozinha...

-Me dá. –Falou sério.

-O que?

-O celular Cecília. Sei que minha irmã te deu um. –Falou sem paciência.

-Não vou dar nada para você Lorenzo.

-Não me desafie...

-Lorenzo, não é como se eu pudesse ligar para a polícia. Eles trabalham para você. –Revirei os olhos. –E eu não tenho mais ninguém para ligar além da sua família e minha melhor amiga. Não vou contar nada para Emily, não quero envolver ela nessa merda toda.

Ele suspirou.

-Tá bom, Cecília. Estou com dor de cabeça e não vou brigar com você agora. Mas se você fizer qualquer gracinha, sua amiga que vai sofrer as consequências. –Disse cansado.

Ele deitou ao meu lado e ficou quieto. Eu apaguei as luzes e dormi também.

L'amore di un Mafioso (New Beginnings -Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora