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Voltei à consciência novamente dentro da sala onde estive antes, gemi levando uma mão ao meu queixo, mas mal pude me mover. Finalmente percebi que estava presa a maca mais uma vez.

Gemi deixando minha cabeça cair para trás. Olhei ao redor vendo que toda aquela bagunça que eu fiz quando escapei da primeira vez foi arrumada e tudo foi colocado em seu devido lugar, até mesmo eu, se eu posso supor. A porta apitou e se abriu. O cientista de antes passou por ela ligeiramente surpreso por me encontrar acordada.

— Impressionante. O golpe que o guarda lhe deu deveria te manter desacordada por um tempo mais considerável levando o ponto em que o homem é mais forte que você. — disse parando ao meu lado na maca.

— Desculpe desapontá-lo. — Minha voz escorreu ironia e sarcasmo o que o fez gargalhar.

— Não entende o tamanho do trabalho que estamos fazendo aqui criança, você não é uma adulta o suficiente para tal coisa. — ergueu os ombros, desdenhoso como se eu fosse uma idiota.

— A única coisa que me lembro da minha vida é que sim, sou adulta o suficiente para compreender a merda que estão fazendo com humanos por atrás dessas paredes. — sorri de canto o vendo estreitar os olhos.

— Estamos apenas levando a ciência mais longe minha cara, não acho que compreenda algo dessa magnitude. — O homem baixou ao lado da cama colocando os braços cruzados sobre esta. — Estamos a um passo de conseguir criar humano com um DNA alienígena misturado ao seu corpo. Isso poderá criar pessoas muito além de seu tempo, sabe quanto algumas pessoas no mundo pagariam por algo assim? — Questionou como se estivesse a um passo de revolucionar a Terra.

— Quer vender cobaias como se eles fossem armas de guerras seu cretino. Ainda são pessoas então não tem o direito de usá-las dessa maneira. — vociferei me debatendo na mesa, fazendo o homem sorrir de canto.

— Assim que recebemos o dinheiro não é do nosso interesse saber o que acontece querida — piscou ficando em pé novamente. — Depois do que demonstrou mais cedo, está muito claro que podemos atingir nossos objetivos usando aquele alienígena roxo como um experimento inicial e transferindo seu DNA o misturando com humanos. — Provocou sabendo que isso iria me deixar furiosa e ele conseguiu, me debati mais na mesa o fazendo recuar alguns passos.

— NÃO OUSE TOCAR NELE NOVAMENTE. — Gritei sentindo um formigamento em meus olhos e senti-os mudarem de cor fazendo o cientista sair da sala um tanto assustado, só então eu olhei para o meu reflexo no vidro espelhado novo. Eles estavam durados assim como os do alien, eu prendi a respiração um tanto chocada. O que esses monstros fizeram comigo?

[...]

Ingrid entrou na sala segurando uma bandeja de comida. Ela me soltou assim que fechou a porta. Meus olhos não demoraram a retornar a cor normal depois do ocorrido de mais cedo, o homem de antes não retornou mais. O que é bom porque eu teria arrancado sua cabeça do corpo com minha raiva.

— Ethan contou a todos o que houve aqui. — murmurou deixando a bandeja a minha frente. Eu peguei um pedaço de pão o levando a boca e mastigando em silencio. — Como fez aquilo? — Perguntou séria.

— Não sei. — respondi engolindo o pão. — Mas sei que tem algo com o que fizeram comigo. Foi isso? Misturaram meu DNA com o do alien roxo daquela sala? — Questionei sem deixar espaços para evasão ou recusa.

— Logo eu explicarei tudo a você criança, mas precisa ser paciente até lá. — Ingrid sussurrou tão baixo que se eu me distraísse não teria escutado.

— Vão matar aquele alien de continuarem fazendo isso. — fechei minhas mãos com força. — Soltem-no e deixe que vá para casa, seja lá onde ele more. Ele não é daqui e tudo poderá ficar pior caso venham atrás dele. — Falei arrastado, Ingrid suspirou não dizendo nada.

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