Conectados

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Gemi dolorida virando de barriga para cima encarando o teto que desfocava a cada piscada que eu dava. Levei uma das mãos a lateral do meu corpo tocando minha costela a sentindo repuxar um pouco de dor. Apoiei a mão livre no chão me sentando notando que estava de volta a minha cela, mas fui deixada no chão como se fosse nada demais.

Levantei-me do chão indo até o banheiro olhando meu reflexo erguendo minha camiseta lentamente vendo um vergão em minha costela. Gemi baixando a camiseta sentando no chão pegando o Prix do esconderijo o ligando rapidamente tentando não demorar demais para que não suspeitassem de nada.

Liguei a localização do Prix para rastrear onde estávamos e fui incrivelmente surpreendida quando o ponto vermelho piscava no mesmo lugar que localizei a nave de Taeryn enquanto estávamos fugindo. Arregalei os olhos quando lembrei os cientistas dizendo que não era o mesmo lugar e sim um diferente então eu não deveria me prender chances passadas de tentar uma fuga.

Um sorriso alegre foi se abrindo rapidamente porque eles queriam tanto nos manter longe de fugas que nos trouxeram justamente para o lugar onde podemos finalmente ir embora daqui de uma vez por todas. Eu só preciso encontrar essa nave e tirar Taeryn de qualquer que seja o tubo ou sala que estão o mantendo.

Verifiquei o Prix mais algumas vezes conseguindo com a ajuda do aparelho a acessar uma planta desse lugar. Não faço a menor ideia de como fiz isso, mas creio que o Prix seja mais inteligente do que alguém possa lhe dar crédito. Coloquei o objeto no chão tocando em sua tela usando meus dedos para mexer na planta que encontrei vendo alguns andares onde supostamente eu estava presa.

Respirei profundamente infinitamente mais feliz que nossas chances aumentaram um pouco mais. Guardei o Prix vendo a chave que arranquei do guarda dias atrás ainda no mesmo lugar. Suspirei sabendo que ela poderia ser de grande ajuda para sair daqui, só espero que seja o suficiente para abrir essa maldita porta e me dar à passagem necessária para procurar Taeryn e sua nave.

Sai do banheiro fazendo careta porque às vezes cada passo repuxava a dor na minha lateral. Eu me deitei na maca dura fechando os olhos tentando descobrir o que havia acontecido e porque eu estava com essa marca sendo que ela não estava aqui antes. Mas tudo era um nevoeiro confuso e sem nenhum ponto em especifico.

Os dardos que me acertam devem mesmo ser potentes a ponto de apagar totalmente minha memória depois do ocorrido. Eu sei que estava desacordada, mas seria bom acordar sabendo o que se passou enquanto seus olhos estavam fechados. Bufei desistindo achando que seria melhor manter minha sanidade intacta já que haviam me separado de Taeryn novamente e eu não sabia quanto tempo iria durar até que viessem fazer um novo teste ou a separação me pegasse mais uma vez.

Tomei algumas respirações profundas mantendo minha cabeça aberta e arejada de pensamentos negativos, eu não precisava deles agora. Tudo o que eu queria nesse instante era pensar em alguma maneira de sair daqui o mais depressa que eu conseguisse levando Taeryn e sua nave comigo.

Ouvi uma movimentação do lado de fora e uma pequena portinhola se abriu enquanto empurraram uma bandeja com comida para dentro a fechando antes mesmo que eu pudesse sequer ver a mão de quem quer que fosse. Aproximei cautelosa baixando em frente à bandeja a pegando pelos puxadores laterais levando o mais perto que fosse seguro aspirando tentando descobrir se havia algo que poderiam ter colocado para me drogar e estudar novamente.

"Não precisa se preocupar garota. Não está envenenada. Precisamos de você viva por agora, apenas coma e não morra de fome ou de sede."

Escutei a voz de Ethan ecoar pela cela indicando que eles me observavam constantemente, espero realmente que não tenha nada em meu banheiro ou meus planos iriam por água abaixo. Literalmente. Ainda desconfiada peguei a bandeja a colocando sobre minha maca e sentando de frente para ela. Peguei um pedaço de comida do prato o levando a boca provando seu sabor, eu gemi ao perceber que era realmente bom. O que me fez atacar o prato e o restante da bandeja morta de fome e sem ligar para ninguém que estivesse me vendo nesse momento.