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Entramos novamente no carro logo após eu conseguir me acalmar. Dirigi pela estrada quieta ainda pensando no que havia acontecido, nos encontraram no meio do nada. Agora nenhum lugar seria seguro o suficiente, parar apenas para descansar e na manhã seguinte continuar até descobrirmos onde colocaram a nave do Taeryn para que possamos pegá-la e mandá-lo de volta para seu planeta.

Olhei o alien de canto o vendo encarar o lado de fora da janela apreciando a paisagem com um cotovelo apoiado na lateral da porta e a mão embaixo do queixo, eu suspirei vendo uma cidade não muito distante. Acelerei tentando não ser percebida nem atrair desconfiança de ninguém ali. Estacionei em um hotel de boa aparência. Não era caindo aos pedaços, mas também não eram cinco estrelas, daria para dormirmos.

Sai do carro primeiro pegando a mochila no banco de trás, peguei uma quantia em dinheiro e os documentos falsos que encontrei na casa que Ingrid havia nos deixado. A casa que fugimos mais cedo. Entramos na recepção sendo logo atendidos por uma mulher bem vestida e com um sorriso simpático no rosto.

— Em que posso ajudá-los? — pergunta parando de digitar em seu computador focando completamente em mim e Taeryn.

— Gostaria de um quarto para duas noites. — peço a vendo digitar por alguns segundos gesticulando com a boca repetindo silenciosamente o que eu havia dito.

— Vocês tem sorte. Uma suíte foi desocupada e completamente limpa algumas horas atrás. Se quiserem podem ficar com ela. Garanto que as comodidades serão com certeza de seu agrado. — Ofereceu virando uma tela sobre a recepção para que pudéssemos olhar também. Encarei Taeryn recebendo um aceno do alien.

— Pode ser ela. — Sorrioenquanto a mulher sorriu e digitou, não demorou a que ela pedisse documentos e perguntasse a forma de pagamento, retirei alguns maços de dinheiro da bolsa disfarçadamente os entregando para ela. A mulher arqueou uma sobrancelha um tanto curiosa, mas não perguntou nada.

Apenas finalizou a ficha de cadastro em meu nome falso, entregou nossos documentos junto da chave da suíte, andar e número. Ela nos desejou uma boa estadia e a agradecemos saindo, deixando a recepcionista um tanto abobada por causa do sorriso que Taeryn lhe lançou assim que viramos para sair.

Entramos no elevador assim que ele chegou ao térreo e apertei o número do andar. Taeryn olhava ao redor estudando o pequeno espaço sem saber o que falar ou perguntar, sorri de canto vendo que ele parecia uma criança curiosa.

— O nome disso é elevador, ele nos leva para cima ou para baixo apertando um botão naquele painel, é muito usado aqui na Terra. — expliquei parecendo uma guia turística para alienígenas. O agora moreno não disse nada, apenas arqueou as sobrancelhas e cruzou as mãos nas costas.

O elevador apitou avisando que nosso andar havia chegado, as portas duplas se abriram nos dando espaço para passar, sai segurando Taeryn pelo braço o guiando por um corredor de tamanho médio decorado com algumas mesas com vasos de flores encostados a algumas paredes e um imenso tapete no chão. Parei em frente à porta com o numero que a recepcionista nos deu e coloquei a chave. Eu a girei e empurrei a maçaneta para baixo nos dando acesso rápido à suíte. Ele entrou primeiro e fui logo em seguida, mas só após checar o corredor rapidamente uma última vez.

Entrei fechando a porta e a trancando para evitar incômodos ou até mesmo que nos encontrem desprevenidos. Parei no meio do quarto vendo uma enorme acama king size no meio do quarto, arregalei os olhos notando que era uma situação um tanto vergonhosa. Eu e Taeryn teríamos que dividir uma cama. Na parede em frente havia uma televisão pregada na parede com uma raque logo abaixo com algumas revistas, DVDs e um aparelho com pequenas luzes verdes piscando na parte de cima. Virei vendo uma porta não muito distante da cama, quando fui até lá vi ser um banheiro de tamanho generoso. Toda a parede atrás da cama era a extensão do banheiro.

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