Quase Fuga

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Depois de Apolo ter deixado bem claro que não queria a minha presença por perto eu realmente me tranquei no quarto, talvez ficar aqui sozinha com meus pensamentos seja melhor do que com eles. -"Nós estamos no último andar? "- Pular pela janela me parece uma ideia melhor do que estar aqui, mas eu provavelmente não ia sobreviver então é melhor pensar em outra coisa. Fico andando em círculos no quarto torcendo para ter uma ideia boa quando ouço um toque na porta, ando em direção a ela e quando abro vejo Cara com uma bandeja nas mãos e o mesmo sorriso da última vez que vi ela. -Te colocaram de castigo? -Reviro os olhos e pego a comida, fecho a porta com o pé sem responder, consigo ouvir sua risada do outro lado da porta. -Você tem uma hora para comer, já vamos voltar para estrada.

Suspiro alto sozinha e me sento na cama, pego a torrada que tinha no prato e logo dou uma mordida. -"E se eu fingir ser alérgica a amendoim? " -Olho para a geleia e a pasta uma ao lado da outra, mas logo mudo de ideia, seria burrice minha comer amendoim se eu realmente fosse alérgica, ninguém faria isso. -"Pensa Isabela, pensa" -Minhas ideias eram uma pior do que a outra, meu cérebro não funcionava do jeito que eu precisava apenas quando é conveniente, termino de comer e logo ouço outro toque na porta.

- Já estamos saindo, anda logo. -Peter, reviro os olhos e saio do quarto sem olhar para ele, me direciono para onde todos estavam reunidos e cruzo meus braços, permaneço quieta e apenas sigo eles enquanto faziam um tipo de cerco em volta mim.

- Pra que isso? -Pergunto olhando para Cristina.

- Proteção. -Apolo responde atrás de mim e eu sinto vontade de dar uma resposta irônica, mas me contenho.

Apenas olho para meu reflexo no espelho. -"Quem arrisca não petisca" -Pensei enquanto descíamos para a entrada do hotel, eles carregavam bolsas que aparentavam ser pesadas, todos tinham semblantes sérios, principalmente Apolo que andava com o cara mais fechada e emburrada do que os outros, parecia que estava sendo obrigado a estar aqui. Esse homem é quase que uma incógnita para mim, todos eu consegui entender como eram ... Cristina e Caleb eram os mais calmos e simpáticos, não só comigo mas entre si, enquanto Cara e Peter por outro eram esquentados e mal-educados.... Já o Apolo eu ainda não entendi qual é a dele.

- Fiquem com ela, vamos fazer o check out. - As meninas informaram e se distanciaram juntas.

- Eu vou guardar as mochilas no carro. - Apolo olhou para Caleb e Peter de maneira dura e depois apontou para mim. -Não tirem os olhos dela.

- Vocês sabem que eu estou escutando né? - Franzi a testa, mas não tive resposta de nenhum deles. Apolo virou e andou para fora do hotel, metade deles já foram ... só tenho que me livrar de dois.

Penso em algumas alternativas e tenho uma ideia que não parece ser tão ruim. -Hum .... Eu preciso ir no banheiro.

- Sério? Por que não foi antes?

- Me deu vontade agora. -Falo como se fosse óbvio e sorrio.

Ambos se olham e Caleb dá de ombros para o amigo. - Certo ...- Peter suspirou e segurou no meu braço para irmos ao banheiro.

Ando junto dele até a porta e nos olhamos por um tempo. -Eu posso ter privacidade pelo menos? Não tenho cinco anos. - Ele negou com a cabeça e suspirou.

- É melhor você não tentar fugir. - Afirmo com a cabeça e apenas entro no banheiro quando ele me dá as costas e volta ao lado do Caleb.

Corri para a janela do banheiro, era pequena e apertada, mas eu tinha um metro e cinquenta, duvido que seja tão difícil passar por esse espaço. Subi na tampa da privada e tentei algumas vezes alcançar a janela, mas eu era baixa demais para isso, suspirei até que tive uma ideia.

Apaixonada Pelo Meu SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora