Apaixonada Pelo Meu Sequestrador

Síndrome de Estocolmo

Me distraio em meio a conversa dos outros, apenas tento não olhar para as janelas, sempre sentia um frio na barriga, um medo daqueles homens terem voltado para me pegar.

Quando menos espero o nome de Apolo foi chamado, nossa comida estava pronta então com apenas um olhar dele todos se levantaram da mesa em um pulo e andaram para fora do estabelecimento.

Enquanto andamos pela porta ele entrega um caso de papelão nas mãos de cada um com a comida que pedimos. –Tire bom proveito do bolinho e do chá. –Fala irônico para mim o que me faz revirar os olhos. "Ele definitivamente adora me irritar. " –Sigo com meus pés para o caminho que todos faziam apenas quieta e com a sacola quente nas minhas mãos, admito que o cheiro do maldito bolinho estava bom.

-Onde o carro está? –Cara pergunta assim que chegamos no estacionamento do restaurante.

-Se nem você enxergou quer dizer que eu fiz um bom trabalho. -Aponta para o meio da mata, eles inclinaram o corpo e forçaram a vista para conseguir ver o carro que estava bem escondido.

Olho para ela com vontade de corrigir já que eu tinha ajudado. –"Nós fizemos um bom trabalho. " –Porém resolvi deixar ela levar o crédito, depois do sermão que recebeu um elogio ia fazer bem.

-Wow, ele passou totalmente despercebido por mim. –Apolo fala e logo começamos a andar na direção dele.

-Obrigada. –Sorriu convencida e foi para trás de mim.

-Inclusive, obrigada por dirigir até aqui. –Ele agradece a Cristina e eu ouço Peter soltar um pigarro, olho para ele.

-Tenho certeza que sou o menos pior entre nós então acho melhor eu dirigir até o Tennessee. –Peter não mentiu, realmente é o que tem menos machucados pelo corpo, então deve estar mais disposto.

-Consegui dormir e descansar por uns quinze minutos, eu posso dirigir. –Chegamos perto do carro então tiramos as coisas que Cristina e eu usamos para cobrir e esconder ele.

"Não acho que essa seja uma boa ideia. " –Olho para os outros e pelo jeito eles pensam igual a mim, só de olhar as expressões que estavam no rosto deles.

-Apolo, você ficou de tocaia uma boa parte da madrugada e a gente ainda teve uma briga. –Terminamos de limpar a superfície do carro então apenas olho para todos e espero para ver a decisão.

- E? –Ele dá de ombros.

-Quinze minutos de sono não é o suficiente para você conseguir dirigir por mais de três horas sem parar. –Peter responde. –Deixa que eu cuido disso.

-Mas você estava de vigia de manhã.

-Acontece que eu fiquei apenas uma hora e dormi durante a noite toda, enquanto você não. –Apolo mede ele de cima abaixo enquanto pensa no que fazer.

-Tá, tudo bem. –Aponta para Cristina dar as chaves do carro para ele dirigir. –Mas avisa se estiver cansado que alguém troca de lugar com você.

Ele confirma com a cabeça. –Não esquenta, está tudo sob controle. -Passa um olhar de confiança para o amigo e logo destrava as portas do carro.

Todos fazem fila para entrar, eu fico no banco de trás como sempre com Apolo ao meu lado novamente, estou começando a achar que ele faz isso de propósito. Logo o carro é ligado por Peter e saímos da floresta.

Abro a embalagem da comida e pela segunda vez o cheiro do bolinho e do chá entram pelo meu nariz, minha boca produz saliva instantaneamente assim que seguro a comida. –Dá uma mordida e depois toma o chá, me fala se combina ou não. –Apolo diz ao meu lado, nego com a cabeça sem querer retrucar ele.