Depois que Cristina entrou no quarto após seu banho não dirigi uma palavra se quer a ela, continuei seguindo com o meu plano e fingi estar com medo e mexida com o conteúdo de dentro da mala. No fundo não era mentira, eu realmente me assustei e fiquei com pavor depois das coisas que eu vi, todas aquelas armas davam a eles formas diferentes de matar ou ferir alguém, talvez até a mim. Mas não poderia deixar o sentimento falar mais alto do que a razão, e depois da pequena descoberta da noite anterior me senti mais segura, afinal se até aquele momento nenhum deles havia me ameaçado diretamente com alguma das armas, ou tocado em mim de forma agressiva, com raiva, apenas foram grossos e seguravam no meu braço, me leva a acreditar que apesar de tudo não querem me ferir ou estão sendo pagos para não fazer isso. Seja qual for o real motivo eu sou grata, afinal ainda estou viva (por enquanto) e sendo alimentada por eles.
Independente do que esteja realmente acontecendo, não posso arriscar e me dar ao luxo de agir do jeito que eu quero e talvez ser punida futuramente. Todos meus pensamentos são apenas especulações que eu não tenho como provar se é verdade ou não, a única coisa que estou segura e que sei é que sou apenas um trabalho para eles e se saísse da linha significa que não mediram esforços para me fazer obedecer, então prefiro não abusar do bom humor deles, pelo menos por enquanto
Durante todo resto da noite anterior não conversei com ninguém diretamente, respondi brevemente algumas perguntas que me faziam e nada mais, não fiz questão de sair para comer a pizza o que deixou a Cara brava porquê ela ficou como minha babá no quarto, depois disso eles provavelmente se reunirão no quarto e comemoraram que a ideia deles tinha surgido efeito em mim. Mas parando para avaliar melhor a situação em que me encontro eu sou uma refém e tenho que agir como uma, talvez isso me ajude no meu plano de fuga ou não, andar na linha e calma talvez faça eles abaixarem as rédeas ou confiarem em mim, e além disso não vou arriscar levar uma bala no meio da testa.
Levei horas enquanto estava no quarto com a Cristina ou a Cara para pensar em algumas brechas nas ações deles, algo repetitivo que sempre faziam e que iria me ajudar a fugir ..., Mas eu só conheço eles a um dia apesar de parecer mais, ainda não consegui criar uma ficha para cada um, eu preciso de tempo para isso. Minha abordagem com eles precisa mudar, e talvez assim eu consiga o que eu quero, ou algo que eu preciso mas não saiba.
Acordo dos meus pensamentos finalmente e me lembro de onde estou, comendo café da manhã junto com os cinco no quarto do hotel, eles não saem daqui a não ser que seja de muita importância para não serem vistos e reconhecidos futuramente. O que já encheu meu saco, ver ele logo de manhã não é a minha ideia de dia perfeito.
-Tem certeza que não está com fome Isabela? Você não jantou ontem. -Mexo na omelete que estava sobre o meu prato e dou um gole no suco antes de responder.
- Tenho sim, acho que aquela comida da lanchonete acabou me enchendo mais do que eu imaginava. -Dou um pequeno sorriso e como um pouco da omelete para não levantar mais perguntas de qualquer um deles.
A maioria deles não deu muita importância para o que eu disse, ignoraram e voltaram a comer como se nada tivesse acontecido, a não ser Apolo que ficou com seu olhar em mim por alguns segundos. -Temos muito o que fazer ainda hoje. -Abaixou os olhos para seu prato. -Melhor comer.
Demorei um tempo para perceber que ele estava falando comigo, apenas reparei quando a Cristina apontou para ele com a cabeça e em seguida meu prato sinalizando que suas falas eram direcionadas para mim. Afirmei com a cabeça e voltei a comer mesmo que sem vontade.
"Se mantenha na linha Isabela" -Falei na minha mente e voltei a ficar dispersa durante a conversa da mesa. Apenas recobrei a consciência quando todos se levantaram, olhei sem entender o que estava acontecendo para o Caleb.
![](https://img.wattpad.com/cover/269836208-288-k219466.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apaixonada Pelo Meu Sequestrador
RomanceAs pessoas costumam dizer que as histórias ou filmes clássicos são sempre os melhores de ver, o que elas não falam é que o romance clichê são sempre os melhores de se viver. Sentir frio na barriga por conta das borboletas no estômago, as mãos suarem...