Teoria

173 33 4
                                    

Respiro fundo antes de abrir a porta deles, agora eu preciso pensar em tudo e em quais passos devo seguir com essas informações que acabei de descobrir.

Entro no quarto logo atrás da Cristina e encontro todos sentados nas camas conversando, decido me sentar ao lado do Caleb para não ficar perto de Apolo e muito menos do Peter.

- E a comida? –Pergunto e coço de novo meus olhos por sentir sono ainda, mesmo por ter dormido um pouco ainda sento um certo cansaço emocional que se torna físico.

- Liguei para a cozinha e eles já estão terminando. –Caleb fala ao meu lado.

Concordo com a cabeça. –Estou morta de fome. –Murmuro, e mesmo enquanto divido a cama me viro para deitar na cama e deixo as pernas perto do Caleb.

-Acho que em dez minutos ela chega, não esquenta. –Fala para mim.

- Tomará. –Sorrio e olho para os outros.

-Estavam fazendo o que enquanto estávamos fora? –Cara pergunta para os três e percebo que está ao lado da Cristina que está com os pés no colo dela.

"Como eu não tinha reparado nisso? " –Parece que depois de saber de tudo as coisas ficam tão obvias e impossíveis de se não notar, sorrio para Cristina que não entende meu gesto então franze a testa e dá de ombros logo depois.

Dessa vez desvio o olhar para Apolo que fez a mesma coisa, me olha nos olhos e ficamos um tempo conectados desse jeito, gostaria de poder ler a mente dele e saber no que está pensando neste exato momento, talvez na missão, em mim ou até no jantar, não importa, eu só gostaria de saber. Mordo meu lábio inferior quando Peter chama a atenção dele e então quebramos a ligação dos nossos olhos.

"O que está dando em mim? " –Me pergunto e finalmente tiro meus olhos da direção dele, Apolo sem dúvidas está voltando a me deixar intrigada e dessa vez mais do que da última.

Sinto um empurrão nas minhas pernas e olho para Caleb que estava sorrindo para mim. - Você tá com o rosto amassado sabia?

-Eu tirei uma soneca antes de vir para cá. –Passo a mão na minha bochecha, como se fosse melhorar as marcas do meu rosto.

- A soneca estava boa pelo jeito. –Concordo com a cabeça, estava boa e me deu muitas informações importantes.

- Você não tem ideia. –Sorrio ao me lembrar e por saber que nenhum deles sabem o que eu descobri. –Que tal uma revanche pelo jogo?

-Você quer uma revanche? –Pergunta sorrindo e nega com a cabeça, estou de bom humor então vou aproveitar enquanto isso dura. –Mesmo depois de não ter ganhando uma partida?

Dou de ombros. - Eu quero, até por que eu sei que você roubou. –Falo sorrindo.

- Como tem tanta certeza disso? –Cruza os braços.

- Eu te vi sentando em algumas cartas. –Ele estreita os olhos e se inclina um pouco.

-Beleza, você ganhou sua revanche. –Descruza os braços. –Se sabia que eu roubei por que não disse nada?

- Para você sentir o gostinho da vitória. –Volto a dar de ombros, sorrio. –E porque a Cristina é uma péssima ganhadora, aquela dancinha dela é de irritar qualquer um. –Falo baixo para só ele me ouvir, acabo recebendo uma risada alta.

- Finalmente alguém que concorda comigo.

- Eu concordo e muito. -Um toque é feito na porta do quarto e logo ouço um "serviço de quarto". –Então nossa revanche vai ser quando?

- Quando o Apolo não estiver para encher nosso saco. –Fala baixo já que eu estava perto, recolho minhas pernas.

Confirmo com a cabeça. –Está marcado então.

Apaixonada Pelo Meu SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora