Eu sou a primeira a desviar o olhar entre nós dois, depois de nos encaramos por alguns segundos senti um frio na barriga totalmente intruso, não entendi o motivo para isso acontecer então decidi ignorar e focar em outra coisa no momento. Qualquer outra coisa.
Começo a balançar minhas pernas em movimentos totalmente aleatórios e sem ritmo nenhum na esperança de fazer o tempo passar mais rápido, mas falho miseravelmente na tarefa já que ainda continuava com o Apolo dentro desse quarto de hotel. Volto a olhar para ele e percebo que está com dificuldade de fechar uma das malas sozinho, estava usando força que estava sendo gasta atoa.
Suspiro alto por não conseguir me manter quieta no lugar e já sabendo o que iria fazer mesmo sendo algo que eu não devesse. -Quer ajuda para arrumar isso? -Pergunto baixo e torço para ele não ter escudado.
- Disse alguma coisa? -Vira o rosto para mim deixando o seu afazer de lado, afirmo com a cabeça.
-Eu perguntei se precisa de ajuda com a mala. -Aponto com uma das mãos para ela que estava na cama, pelo jeito não tinha armas apenas outro tipo de equipamento.
- Ajuda sua? -Volto a afirmar com a cabeça e permaneço quieta esperando sua resposta que não demora muito. -Claro, não vejo motivo para não querer.
Me levanto da poltrona e ando na sua direção em passos lentos sem olhar diretamente para Apolo, assim que fico ao seu lado vejo como os tais equipamentos estavam dispostos, um encima do outro e sem levar em conta o pouco espaço. -Desse jeito não vai caber tudo. -Tiro uma câmera que estava na superfície e retiro tudo que estava por baixo dela, não sei identificar o que cada material é ou seu funcionamento. -Tem outra bolsa? -Olho para Apolo que nega com a cabeça para os lados.
- Normalmente é a Cara ou o Caleb que organizam tudo para irmos embora, mas dessa vez eu que fiquei para guardar. -Apolo termina de esvaziar a mochila e deixa as coisas sobre a cama. -Eles conseguem arrumar só com uma, eu que não levo jeito pra isso.
Olho para as coisas sobre cama e pego na mão alguns fios soltos colocando eles no fundo da mala. -Se eles conseguem eu posso dar um jeito também.
- Quer que eu faça algo para ajudar?
Aponto para os equipamentos. -Qual deles é mais sensível? Vou colocar encima para não quebrar com facilidade.
Apolo começa a mexer em alguns dos instrumentos estranhos. -São esses aqui. -Deixa na minha frente.
- Vocês têm tabletes? -Faço uma pergunta retórica para ele. -Por que vocês têm tabletes? -Reformulo a pergunta.
- São para as câmeras de vigia, principalmente as noturnas. -Olho elas que estavam perto de mim.
Olho Apolo por um tempo até responder. -Pelo jeito vocês levam esse trabalho a sério.
-Você não tem ideia do quanto. -Dou de ombros.
-Não, mas eu consigo ter uma ideia. -Desvio meus olhos para o equipamento e volto a guardar ele com calma e sob a supervisão do Apolo que uma vez ou outra fazia algum comentário.
-Você é boa nisso. -Dou uma risada baixa e dou de ombros.
- É só encaixar uma coisa na outra, não tem muito segredo. -Falo sorrindo e em pouco tempo termino de organizar a mala. -Me ajuda a fechar? -Ouço um som de afirmação vinda da direção dele e logo Apolo se põem ao meu lado. Ele junta os tecidos da bolsa enquanto eu puxo o zíper para fechar. -Prontinho.
Olho para ele, dou um pequeno sorriso. -Obrigada.
- Disponha. -Faço uma reverência brincando para ele antes de me distanciar e andar para a poltrona que estava sentada antes.
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Apaixonada Pelo Meu Sequestrador
Roman d'amourAs pessoas costumam dizer que as histórias ou filmes clássicos são sempre os melhores de ver, o que elas não falam é que o romance clichê são sempre os melhores de se viver. Sentir frio na barriga por conta das borboletas no estômago, as mãos suarem...