VERDADES

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Queridos, eu queria iniciar pedindo desculpas por não ter respondido alguns comentários dos capítulos anteriores. Faltou tempo, mas eu agradeço imensamente a interação de vcs e peço que continuem, pois o engajamento é o maior retorno p qqr autor. O que nos motiva a continuar.
Outra coisa q esqueci de comentar: se vcs forem fazer as contas na ponta do lápis e pegar as datas de nascimento de Boruto e companhia, não vai bater 100% na nossa história. Mas peço que relevem. Vou tentar ao máximo encaixar as coisas de uma forma coerente.
Betado por mymaelstrom
Boa leitura!

Hinata parou, atordoada, na metade da distância para casa. Lembrou que não poderia chegar lá naquele estado, pois, provavelmente, Naruto já estaria no local. Por sorte, as ruas estavam praticamente vazias. Era constrangedor o estado em que se encontrava. Hesitou por um momento, até movimentar seu corpo em direção ao único local que lhe veio à mente no momento, onde poderia chorar, sozinha. 

Naruto acabara de sair do prédio principal. Ficara ajudando Kakashi e Shikamaru, já que Hinata havia lhe avisado que sairia com as amigas. Andava tranquilamente pelas ruas quase desertas, quando um aperto no peito lhe assaltou. Sem explicação, sua mente foi tomada pela imagem do túmulo de Neji.
Naruto podia estar ficando louco, mas era quase como se o próprio espírito do amigo cobrasse uma visita. Uma sensação estranha, um arrepio na espinha difícil de ignorar. O ninja achava uma péssima ideia visitar um cemitério a noite, entretanto, quando deu por si, seu corpo já se movia naquela direção. 

Ao longe, o Uzumaki avistou uma forma indistinta debruçada próximo à lápide. Estava escuro e aquilo lhe assombrou sobremaneira. Seus pés estancaram e ele considerou, significativamente, dar meia volta. Um soluço agudo, no entanto, o fez mudar de ideia. Aproximando-se lentamente, o amontoado ao chão foi tomando forma. Uma forma feminina. Alguns passos mais revelaram os cabelos negros inconfundíveis que misturavam-se perfeitamente ao céu noturno. Para a inquietude do ninja, ela tremia, seu corpo dava solavancos quando os soluços escapavam de si e um som lamuriento assomava-se a tudo.

— Hi… Hinata?!?

Hinata girou o corpo muito rápido. O susto fazendo-na saltar para trás, ainda no chão. Teve de apoiar as duas mãos no solo para não deixar o tronco cair. Sua face estava lavada de lágrimas. 

— N-naruto-kun! O que está fazendo aqui?

— Hinata, por que está chorando desse jeito?

Hinata passou as mãos pelo rosto, numa tentativa vã de enxugá-las, afinal, mais lágrimas continuavam rebeldemente escapando-lhe dos olhos lunares.

— E-eu… eu… eu estou chorando pelo Neji-neesan.

A expressão do loiro de desagrado e desconfiança não se alterou. Ele não parecia nem um pouco convencido daquilo. Estendeu a mão para Hinata, numa ordem muda para que ela se levantasse, e assim a kunoichi o fez. Naruto a encarou, aborrecido.

— Vamos pra casa.
Aquele tom de voz não dava brecha alguma para discussão. Hinata permaneceu calada e o seguiu. Naruto a deixou ir em frente, sem segurar sua mão. Hinata tentava pensar rapidamente no que falaria para ele, caso a questionasse. O Uzumaki não parecia nenhum pouco satisfeito e tudo o que ela rogava aos céus era que ele deixasse aquilo passar.

Em silêncio, descalçaram suas sandálias no desnível e passaram pelo umbral que dava de frente para as escadas. Decidida a aparentar normalidade, a ex-Hyuuga perguntou se Naruto já havia jantado e ofereceu-se para preparar-lhe algo, enquanto o mesmo banhava-se. Ignorando o silêncio dele, já se dirigia à cozinha quando foi impedida pela mão enfaixada do loiro, que retinha seu braço, sem machucá-la, porém, num agarro firme.

Aprofundando laços - NARUHINAOnde histórias criam vida. Descubra agora