[NOVO TÍTULO]
Título antigo: PARA SEMPRE E SEMPRE
BÁRBARA PASSOS se muda para o Rio com seus pais, pois sua tia, mãe do GS acabou de ficar viúva. Ela e o primo são inseparáveis. Ainda na sua primeira semana na cidade nova, Babi se depara com uma si...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Da janela do meu carro eu vejo chegar o motorista que contratei para a Babi. Já estava mais que na hora. Eu não sei se foi o trânsito ou se foi ela que se atrasou, mas o nosso voo não pode demorar mais. Olho meu Rolex e confiro as horas. Sete e meia da manhã em ponto.
Abro a porta da minha BMW e me dirijo até o outro carro, que chegou com a Babi. Pensar que tenho uma noiva, e por contrato, me deixa agitado. É uma experiência nova para mim e talvez até intrigante.
Eu nunca namorei ou cogitei essa ideia. Sou incapaz de gostar de alguém, porque odeio romances. Sou acostumado a fechar contratos com pessoas, mas esse é o mais diferente que já fiz. O fato de a Babi ter aceitado ser minha noiva por dois meses tão rapidamente me fez acreditar que a situação dela realmente era crítica. Mas agora que eu dei o dinheiro para ela pagar o tal traficante, chegou a vez dela cumprir a sua parte.
O motorista desce do carro e abre a porta de trás para a Babi descer, mas ela não sai. Percebo que Babi mantém os olhos fechados, sua cabeça está apoiada no banco e seu peito sobe lentamente em compasso, devido a respiração. Ela parece um anjo dormindo. Nem aparenta ser a garota durona e surtada que é quando está acordada. Solto um risinho.
A Babi é a garota mais diferente que já vi em toda a minha vida, ela parece ser muito mais adulta do que realmente é, além de aparentar ser responsável e madura. Pelo pouco que vi dela, parece ser uma menina boa, não é movida pelo interesse, tem um coração puro.
E essa pureza me assusta. Todo o meu corpo me alerta de que esse noivado por contrato é somente para conseguir a porra do cargo na máfia que eu deveria ter assumido a muito tempo. Mas eu não posso me envolver com ela, isso estragaria todos os meus planos.
Toco suavemente o ombro de Babi e ela desperta. Seus olhos hipnotizantes vão se abrindo. Vai ser difícil conviver dois meses com alguém tão atraente sem poder ter um contato mais próximo, porque pelo que vejo, Babi faz de tudo pra deixar claro o grande abismo que há entre nós.
– Bom dia, bella ragazza. – Eu digo, com um risinho – Pelo visto está cansada. Dormiu durante a viagem.
Babi se endireita no banco do carro e tenta raciocinar o que está acontecendo, perdida. Depois de alguns segundo, desperta mais, tira seu cinto de segurança e sai do carro. O motorista acaba de colocar as malas dela para fora e pra não perder tempo, eu a conduzo à pista de decolagem. Seguro em sua cintura e começamos a andar juntos. Ela nem percebe o meu toque, talvez seja o sono.
– Eu não consegui dormir a noite. – Babi explica, sonolenta – Fiquei acordada até seu motorista aparecer.
– Não se preocupe, amore mio, você terá bastante tempo para dormir durante a viagem até a Itália. – Digo, olhando o jatinho já com a porta aberta nos esperando.
– Você pode, por favor, não ficar me chamando de "amore mio" – ela faz as aspas com a mão – quando estivermos sozinhos? A gente só precisa fingir na frente dos olhos.
