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– Babi

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– Babi.

Crusher fala as minhas costas e um arrepio percorre toda a minha espinha. Ele sabe que eu ouvi sua conversa misteriosa. Minha mente fica perturbada imaginando o que vai acontecer a seguir.

– Eu não ouvi nada. – Digo, sem conseguir me mexer.

– Sei que não ouvi. – Crusher responde, calma.

Viro lentamente, para ficar de frente a ele. Posso jurar que todo o meu corpo treme de uma forma visível. Há poucas horas, Crusher esteve em meu quarto e pareceu ser uma pessoa tão legal, mas agora, ele parece ser outro, sua boca em linha reta e suas sobrancelhas franzidas passam a imagem de homem duro e sério. Será que eu me enganei quanto a ele?

– Por que estava me procurando?

– Só para saber em qual sala devo esperar Bernard. – Respondo, com a voz quase falhando no final.

Meu cunhado está estranhamente calmo. Eu esperava que ele tivesse tido uma explosão de raiva e me jogado em qualquer sarjeta, mas, pelo contrário, ele simplesmente está agindo como se nada tivesse acontecido. Eu entendo, com isso, que Crusher está me passando a informação silenciosa de que é melhor eu ficar quieta sobre o que ouvi. Procuro em sua face algum sinal ameaçador.

– Na sala de estar, aquela que você gosta de ir. – Crusher responde, ao colocar as mãos no bolso.

– Ah. – Só consigo dizer isso. Os olhos dele me petrificam.

– Ele já deve estar chegando. É melhor você ir. Não vai querer que nada atrapalhe seus planos do casamento, não é?

Agora sim reconheço a ameaça em sua voz, mas fico em dúvida sobre o que realmente ele quer dizer. A visão de um Crusher perverso não é aceitada pela minha cabeça.

Apenas concordo com a cabeça e saio, indo para a sala de estar do qual ele disse.

[...]

Estou sentada em um dos sofás aguardando por Bernard, o nervosismo ainda me corrói pelo meu incidente com Crusher. Apesar disso, não tenho tempo de raciocinar tudo, pois o convidado acaba de chegar, sendo pontual como a maioria dos italianos.

Bernard é um homem alto e com uma aparência radiante. Só de olha-lo, já me sinto mais relaxada, ele tem uma energia boa. Parece que com ele vou me dar.

– Oi, queridinha! – Bernard me cumprimenta, radiante. Ele tem um sotaque muito leve, quase que sendo usado apenas para dar um charme a sua voz, ou talvez seja um brasileiro que cresceu aqui, sem contato com o português.

Ele me dá um beijo em cada bochecha e eu retribuo o gesto. Sorrio involuntariamente com a incrível luz que irradia dele. Nós nos sentamos no sofá e, pelo que parece, Bernard quer pular as apresentações formais, pois já vai dizendo:

– Menina, como você conseguiu fisgar esse boy maravilhoso que é o Coringa?

Rio com sua insinuação e penso em uma resposta para dar. Pelo que percebo, ele não sabe que o casamento é tudo uma farsa.

Um Mafioso para Amar | BABICTOROnde histórias criam vida. Descubra agora