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Desde que cheguei à Itália, eu nunca havia tinha uma noite tão normal quanto a que tive ontem

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Desde que cheguei à Itália, eu nunca havia tinha uma noite tão normal quanto a que tive ontem.

Depois de desabafar com GS sobre minha decisão de permanecer com o contrato, ele não insistiu mais em me convencer a fugir. Pelo contrário, me apoio e sugeriu que passássemos a noite maratonando filmes ou séries como "nos velhos tempos", que nem são tão velhos assim. Há quase um mês eu e GS fizemos uma noite nesse estilo, quando nem imaginávamos estar metidos nessa confusão de contrato de casamento e ameaças do PH.

Ontem, GS me fez esquecer um pouquinho toda essa pressão. Nós assistimos nossos filmes favoritos, entre eles, Homem Formiga; GS é super fã do Scott e eu amo a Hope.

Mas já é um novo dia e aquela "bolha" de familiaridade que existia ontem, se estourou. Preparo-me para mais um café da manhã com a família Paviole nesse exato momento. Hoje, decido caprichar só mais um pouco na minha aparência. Escondo meu cansaço facial sob uma maquiagem leve – só com base, corretivo e rímel – e pincelo a boca com um gloss.

Desço para a sala de refeições e lá está todos os Paviole, comendo e falando em seu típico e assustador italiano. Coringa está ausente e GS, continua fingindo ser um segurança do qual não tenho contato, e me vejo sem opções para interagir. Mas quer saber de uma coisa? Hoje só vou falar italiano também, o que eu não souber dizer, improviso. De alguma forma, acordei com ousadia e confiança suficiente para isso. Bom, acho que a presença do meu primo me faz bem mesmo.

Buon giorno. – Desejo bom dia em italiano.

Todos à mesa param suas conversas para me olhar e cumprimentaram-me em uma quase uníssima voz também. Fico repetindo discretamente o cumprimento para praticar a fluência da palavra como os nativos. Um sorriso de satisfação surge no meu rosto, posso senti-lo brotar.

Sento ao lado de Samantha e ela enlaça meu pescoço com seus bracinhos pequeninos. Reajo com um abraço de imediato. Sou completamente apaixonada por ela.

– Come stai, zia? – Ela pergunta e isso me deixa feliz. Ela acabou de me chamar de titia pela primeira vez.

– Estou bem, princesa. – Respondo de volta, sem perceber que falei em português devido a minha emoção, então, logo em seguida corrijo, falando em italiano – Sto bene, principessa.

Nos soltamos e, enquanto Samantha volta a comer seus pedaços de mamão com graviola, sirvo-me uma xícara de café. Estou morrendo de fome e com esse tanto de comida gostosa será impossível comer pouco hoje. Bak me olha vez ou outra com um sorriso discreto. Ele está do outro lado da mesa. Pergunto-me se gosta de mim de verdade ou só é muito educado. Das vezes em que conversamos para tentar melhorar meu italiano, Bak sempre se mostrou prestativo. Mas alguma coisa me diz que há uma ponta de interesse em mim que ele está deixando transpassar.

Com essa ideia maluca na cabeça, tento não retribuir o olhar de Bart. Rapidamente, desvio minha atenção pata Crusher, que está sentado ao lado. Ele não presta atenção em mim, pois está focado na conversa com o seu pai. Quanto ao senhor Paviole, os seus olhares para mim são mais frequentes que o normal, chegando, às vezes, a ser assustador. Meu Deus, o que eu fiz?

Um Mafioso para Amar | BABICTOROnde histórias criam vida. Descubra agora