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A cara do Coringa me vendo desmaiar foi uma das cenas mais engraçadas que eu já vi na vida

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A cara do Coringa me vendo desmaiar foi uma das cenas mais engraçadas que eu já vi na vida. Ele ficou sem reação, acho que não esperava isso. Eu poderia ter fingido que o desmaio foi passageiro e ter logo acordado, mas fiquei com medo de que, assim, parecesse realmente um fingimento. No fim, Coringa me carregou em seus braços. Não posso negar que esse momento me deixou quase que sem fôlego ao ponto de realmente desmaiar por falta de ar. Foi a minha primeira vez tão próximo assim dele.

No quarto, quando a governanta cuidava de mim, eu só conseguia pensar no calor do seu corpo indo encontro a minha pele fria.

– Eu já estou indo. – Coringa diz assim que eu me levanto da cama, acabando com a falsa imagem de menina fragilizada.

Balanço a cabeça confirmando.

– Vou fazer o pedido de novo em outro momento e dessa vez eu espero que você não desmaie.

– Pode deixar, você verá a reação mais apaixonada possível. – Digo com ironia.

Coringa solta um risinho e estala a língua. Ele não se despede, nem mesmo se encaminha para a porta, é como se ele estivesse hesitando em ir. Depois de um tempo em silêncio, ele diz:

– Se precisar de alguma coisa... Chame Rosalynd.

É bom saber que tenho uma pessoa para recorrer nessa casa estranha e áspera. Mesmo sem conhece-la, sinto que Rosalynd me ajudaria em qualquer coisa. Na verdade, isso tem a ver com o seu olhar, o mais diferente de todos os outros que eu já vi até agora dentre todo esse pessoal. Seus olhos são de alguém que cuida.

Também percebi que ela parecia se importar com o Coringa, pelo menos seu jeito perto dele demonstrava. Às vezes, eu chegava a imaginar que ela estava o ponto de abraça-lo e declarar que sentiu saudade. Não tenho coragem de perguntar ao meu noivo, mas vou descobrir qual a relação dos dois, mesmo assim. Será que... ela é a mãe dele, mas não diz porque o senhor Paviole não deixa? Isso seria bem novela mexicana, ou melhor dizendo, italiana. Solto um riso ao pensar nisso.

Do meio para o fim, Coringa ainda demora um pouco dentro do meu quarto. Talvez ele não queira dar tão na cara assim que só fingi ao me deixar só tão rapidamente. Coringa senta na poltrona ao lado da minha e começa a digitar algumas coisas no celular, isso de certa forma me traz lembranças do dia seguinte, em que o velho nojento me atacou. Ele estava desse mesmo jeito pedindo nosso almoço. Sinto um frio na barriga ao notar que ele cuidou de mim com uma preocupação verdadeira no olhar.

Sem muito o que fazer e, tentando encontrar uma forma de fugir do Coringa, vou tomar um banho. Na verdade, estou tão cansada da viagem; não tive tempo para nada, apenas cheguei e já fui passando por essas "emoções".

Quando estou procurando uma roupa na minha mala, reparo no meu quarto, que é enorme e parece de uma princesa, como naqueles filmes, bem maior e mais mobiliado que o meu quarto de hotel. Gostei das tonalidades de cores, bege, rosegold, branco e dourado. Tudo cheirando a riqueza. Nunca pensei que entraria em lugares assim na minha vida. Se isso for uma acomodação para hóspedes, eu não quero nem saber a suíte principal.

O banheiro também não fica para traz no luxo. É tão lindo que fico até não querendo usar, para não bagunçar e sujar. Enquanto enxaguo o cabelo, fico aliviada por pensar que Coringa não está me obrigando a dormir com ele num mesmo quarto; para mim isso seria bem estranho.

Tomo um banho rápido, mas demoro para secar a porcaria do meu cabelo. Maldito frio que não me deixa ficar com os cabelos molhados! Só para me dar trabalho.

Com toda essa demora no banheiro, acho que o Coringa já deve ter saído do quarto, por isso não me importo muito de usar o roupão que está pendurado, apenas me enrolo na toalha curta para ir até o closet. Mas percebo tarde demais que eu estava enganada.

Saio do banheiro e dou de cara com o Coringa, literalmente; ele está bem próximo da porta. Fico sem ar. Nossos corpos estão quase colados. Minha pele está toda arrepiada só de imaginar o seu toque dele. Lembro-me do nosso momento íntimo no provador da loja e me derreto toda. Os olhos do Coringa me hipnotizam, fico simplesmente parada, lhe acarando feito tonta.

– Eu só queria avisar que já estava saindo. Só ia falar através da porta, nada demais. – Coringa diz, com uma voz rouca e sexy.

– Tudo bem... – Digo feito idiota.

Não consigo negar, a atração física entre nós existe. Mas, felizmente, é só isso.

– Eu já vou indo então... – Coringa diz isso, mas continua no mesmo lugar, encarando meus lábios com olhos devoradores.

O olhar do meu noivo de mentira passa por todo o meu corpo enrolado na toalha e ele morde discretamente o lábio. A tensão está grande entre nós, e eu sinto que dessa vez, ninguém vai impedir esse momento.

E então, Coringa se aproxima mais, quase colando nossos corpos. Não sou mais capaz de resistir, o que ele quiser fazer comigo, eu deixarei. Ele parece, também, está a ponto de ceder ao momento, pois estica a mão e toca os meus ombros, deslizando por todo o meu braço sua mão quente. Sua mão sobe de novo, dessa vez, indo para a toalha. Ele dirige um olhar tentador para a fenda dos meus seios. Como eu queria que ele fizesse mais que isso...

Coringa segura meu rosto e sem enrolar muito, beija-me, um beijo urgente, molhado e gostoso. Todos os desejos que seguramos até agora, soltamos nesse beijo. Sinto a mão de Coringa descer pelo corpo e parar na minha bunda. Ele a aperta por cima da toalha e eu não consigo segurar um gemido pequeno que surgiu na minha boca. Após isso, encosta-me na parede e intensifica mais ainda o beijo. Minhas pernas estão bambas de tanto desejo. Minha razão é ofuscada pelo calor do momento, não consigo racionar o problema que isso vai me trazer depois.

Eu só me deixo ter minha boca devorada por esse homem. Meu corpo está em chamas!

Mas nós ficamos apenas nisso, para a minha frustação. Depois de longos segundos naquele beijo selvagem, nós nos olhamos, com a respiração ofegante. Os olhos do Coringa estão ao ponto de me devorar. Ele diz algo em italiano baixinho, não consigo entender o que é. Logo em seguida, distancia-se devagar de mim.

– Eu não posso... – Ele diz, olhando para o chão.

Fico sem entender nada e ele vai embora, me deixando cheia de desejos.

[...]

Sem comentários para esse fim de capítulo kkkk A "temporada" em Florença está de tirar o fôlego né 😏

GOSTARAM? ENTÃO DEIXEM SEU VOTINHO!!!

Beijinhos e não esquece que estamos em maratona, tem MAIS CAPÍTULO!

Um Mafioso para Amar | BABICTOROnde histórias criam vida. Descubra agora