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Desde que eu acordei hoje, meu telefone não para de tocar; a maioria das ligações vem do México

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Desde que eu acordei hoje, meu telefone não para de tocar; a maioria das ligações vem do México. São tantos problemas que tenho de resolver, cargas perdidas no mar, carregamento faltando, aviõeszinhos fugindo. Só faltava isso para me fazer explodir de raiva. Suponho que se alguém derramar café perto de mim, serei capaz de estourar os miolos dele.

Dirijo-me ao meu escritório, pois preciso de um telefone descartável para fazer uma ligação confidencial. São dez horas da manhã e ainda não vi o imprestável do meu irmão. Vou ter que ir arranca-lo da cama a força, sei que ele ficou a noite toda fora de casa em uma festa.

Entro no escritório e como eu imaginei, Crusher não está aqui. Ignoro isso e vou direto para o meu cofre, escondido atrás de um Caravaggio original, que me custou uma fortuna literalmente. Digito a senha e abro a porta do pequeno cubo metálico. Tiro de lá um dos celulares descartáveis, porém noto que alguma coisa está errada. Com os olhos mais clínicos, noto que a pilha de dinheiro que eu deixei aqui está bem menor.

– Alguém mexeu nas minhas coisas. – Falo comigo mesmo entre dentes.

Eu só precisava de um pretexto para espancar alguém e parece que eu achei. Suponho que foi meu irmão quem mexeu no cofre, pois somente ele, além de mim, sabe a senha. Com certeza, pegou o dinheiro para curtir na balada e bancar um de esnobe com as piranhas.

Mas alguma coisa insiste em me dizer que não foi bem assim que aconteceu. Crusher nunca fez isso antes e ele não é do tipo de esbanjar dinheiro em festas, na verdade, quem faz isso sou eu.

Fecho o cofre e me dirijo ao quarto de Crusher. Felizmente, o idiota deixou a porta do quarto destrancada. Escancaro-a de uma vez, espantando não só o meu irmão, como também uma mulher que está com ele. Pelo visto, os dois estão em um sexo matinal selvagem. Estavam na verdade, porque eu acabei com a festinha dele. A mulher pula da cama em um sobressalto, sem se importar que estou vendo toda a sua nudez e recolhe suas roupas do chão com velocidade. Ela apenas coloca o vestido apertado e enfia as peças intimas na bolsa. Com os sapatos na mão, ela passa por mim e desaparece do meu campo de visão, descendo as escadas.

– Ele deve achar que sou seu pai. – Digo sarcasticamente, apontando para onde a mulher escapou.

– Deve mesmo. Todos esses anos de babaquice te envelheceram rápido demais. – Crocker diz, com raiva.

Eu sei que deixei meu irmão puto por ter atrapalhado sua foda, mas não tenho culpa dessa vez. Foi sem querer. A forma como ele veste o short e sai para o banheiro me diz que está prestes a explodir de raiva, mas ele não vai, porque Crusher nunca explode.

– Você pegou dinheiro do meu cofre? – Digo alto, da porta do quarto. Eu não vou seguir meu irmão até o banheiro porque sei o que ele está fazendo lá.

Com poucos minutos ele volta, ainda com a raiva estampada no rosto, e me dá o dedo.

– Peguei, otário, mas não foi pra mim, foi pra sua noiva.

Um Mafioso para Amar | BABICTOROnde histórias criam vida. Descubra agora