Eu estava prestes a matar o Morris, iria apertar o gatilho. Mas recebi uma ligação no exato momento e, pra minha surpresa, era a Babi. Ao ouvir a sua voz, ao sentir a incrível sensação que a ela traz ao meu corpo, eu paralisei. O dedo não saía do lugar, a bala ainda não tinha acertado a cabeça daquele desgraçado. Simplesmente travei. Fui incapaz de matar.
O que a Babi tem que me domina assim? Por que eu não consegui matar alguém só porque ela estava do outro lado da linha? Não posso dizer que foi por humanidade, afinal, não tenho isso há muito tempo, também não foi por medo, porque não tenho medo de nada. Então o que foi? Por que eu não consigo mostrar os meus piores lados para ela? Ninguém nunca foi capaz de retrair isso em mim, pelo contrário, sempre quis mostrar a todos do que sou capaz de fazer, para provocar o temor neles.
Estou tão frustrado. Vim ao Canadá somente para matar o infeliz do Morris que está roubando minhas drogas e meu dinheiro, alegando "supostos roubos". Preciso mata-lo e achar alguém de confiança para colocar no seu lugar, mas depois da ligação da Babi, não consigo fazer nenhuma das duas coisas, porque só consigo pensar NELA!
Mesmo que ela tenha acabado de desligar a ligação, eu ainda sinto chamas correndo pelo meu corpo.
– Subchefe, o que vamos fazer com ele, então? – Um dos meus soldados me pergunta, pisando no pescoço do Morris para que ele não corra.
Subchefe, aqui eu ainda sou conhecido assim, bom, tecnicamente sou mesmo o subchefe, preciso pegar o cargo do meu pai de uma vez para ser o chefe. Mas desde já, eles precisam saber do sou capaz, que eu não admito traidores, antes, mato-os a sangue frio. Sempre tive muito respeito entre eles, mas agora quero que esse respeito se torne medo, assim, ninguém vai ousar me contrariar ou desafiar.
– Provoque uma morte bem lenta e dolorosa. – Digo, carrancudo, quase cuspindo fogo.
– É pra eu fazer isso? – O segurança estranha minha ordem.
– Sim, algum problema?
De qualquer forma, tenho que matar o Morris, mas aceito melhor a ideia de que seja alguém matando no meu lugar. Antes de ir embora do galpão, porém, dou um chute na cara do Morris, ainda deitado no chão, fazendo-o apagar. Estou com tanta raiva que posso matar todo mundo aqui, mas a minha maldita consciência me impede porque eu só consigo penso NA BABI!
Grito de frustação! Preciso esfriar minha cabeça. Saio do galpão e peço que um dos meus seguranças me leve de volta ao hotel. Durante todo o trajeto, tento desviar meus pensamentos para os problemas que vim resolver aqui no Canadá, pensando em possíveis soluções. Por fim, acabo decidindo que por agora não vou conseguir fazer isso, estou muito desconcentrado. Por isso, mando meu motorista desviar a rota para a casa noturna mais próxima de nós.
[...]
A noite mal começou e essa casa noturna já está fervilhando de gente. Vim aqui algumas vezes, nas minhas passagens pelo Canadá, mas hoje em especial estou precisando extravasar. Aqui é o lugar perfeito para isso.
Quando o meu motorista me deixa na porta da boate, vejo um carro com outros dois dos meus seguranças parando para me acompanhar lá dentro, afinal, não posso andar desprotegido. Enquanto espero eles se aproximarem, tiro meu terno, revelando a camisa social branca por baixo do colete, e jogo no carro.
– Não fiquem tanto na minha cola hoje. – Dou ordens a eles, afrouxando a gravata e também jogando-a no banco de trás.
Eles balançam a cabeça confirmando e entro na boate. Passo por alguns corpos já soados de tanto dançar e me dirijo ao barzinho do local. O bartender me pergunta em inglês o que eu vou querer e eu peço uma bebida qualquer, nem presto atenção no que falo. Ele traz um líquido transparente e eu enfio tudo goela abaixo, o que sai rasgando-me por dentro. Peço outra dose e viro de novo.
Tomo mais algumas doses até ver de longe uma loira gostosa dançando ao som da batida alta da música na boate. Ela me nota e começa a dançar olhando-me fixamente. Resolvo me aproximar dela, sem muita enrolação. Começo a dançar ao seu redor e, cada vez mais, aproximo-me ao ponto de começarmos a dançar se esfregando um no outro. É quando ela rebola em mim que não me controlo. Movido pela bebida, trago a loira para um beijo de língua bem lento. Agarro seus cabelos e invado, até onde consigo, a sua boca.
Nossos corpos se enroscam e contorcem ao som da música, num beijo prazeroso. Mas esse prazer dura meros segundos. Mesmo beijando uma loira gostosa como essa, eu ainda não consigo limpar minha mente, ainda penso na Babi. De repente, penso no nosso beijo e em como eu gostaria de ter ido muito além do que só isso. Eu não deveria ter fugido, não devia ter interrompido aquele momento tão gostoso. Por outro lado, eu estava ao ponto de me descontrolar e eu não queria ir além do que minha razão deixasse, por isso eu parei.
Seja lá o que esteja acontecendo, tanto naquele dia do beijo, quanto hoje, não quero deixar esse sentimento teimoso e sem forma sair para fora.
Começo a apertar a bunda grande e suculenta da loira e ela se esfrega em mim enquanto a gente se beija. Talvez se eu insistir mais, conseguirei esquecer a Babi. Mas à medida que o tempo passa, isso não acontece. Por fim, resolvo interromper o beijo e digo em inglês à loira que vou buscar uma bebida para gente. Ela me olha como se quisesse me comer ali mesmo e me apresso em ir em direção ao bar. Mas, aproveito a oportunidade para sair dali.
Nem mesmo a bebida ou um corpo quente e estranho me fez esquecer quem tanto insiste habitar meus pensamentos.
[...]
No meu quarto de hotel, tomo um banho, pois o cheiro enjoativo do perfume da loira misturado com o fedor do galpão, estão misturados em mim. Fico somente com a toalha amarrada na cintura. Meus cabelos molhados deixam pingos de água pelo meu peitoral.
Pego meu celular e sento na poltrona giratória do quarto. Me viro para a varanda e fico olhando a noite lá fora. Digito uma mensagem, por fim, para meu irmão, Crusher.
Providencie um telefone internacional para Babi. Quero me manter em contato com ela. [Enviada às 22h46]
Digito a mensagem e clico em enviar. Não demoro muito em receber a resposta.
Pode deixar, maninho. [Recebida às 22h49]
[...]
Mais um capítulo pra vcs meus amores ❤❤❤ Gostaram do capítulo narrado pelo Coringa?
Desculpem-me não ter postado o quarto capítulo prometido de ontem, eu acabei não conseguindo. Mas hoje eu prometo que vai sair tudo certinho, vou pra fazenda agora e volto a tardinha, de noite tem mais!
Enfim, beijinhos! Amo vcs ❤
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Um Mafioso para Amar | BABICTOR
Fanfiction[NOVO TÍTULO] Título antigo: PARA SEMPRE E SEMPRE BÁRBARA PASSOS se muda para o Rio com seus pais, pois sua tia, mãe do GS acabou de ficar viúva. Ela e o primo são inseparáveis. Ainda na sua primeira semana na cidade nova, Babi se depara com uma si...