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Bernard vai embora sem uma festa de casamento decidida

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Bernard vai embora sem uma festa de casamento decidida. Felizmente ele me dá um tempo a mais para pensar nas vastas opções que ele apresentou.

Depois que me despeço dele no hall de entrada, subo uma das escadas até o primeiro andar e vou para o meu quarto. Mal entro e ouço alguém bater na porta. Dessa vez é GS, e eu me sinto aliviada por ver meu primo.

– O que houve, primo? – Pergunto assim que ele entra.

– Eu senti que você ficou muito tensa na reunião com aquele homem. Tá tudo bem? Quer conversar?

Não me controlo. Pela primeira vez desde que cheguei aqui, eu choro. Choro por lembrar que quase perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, o GS. Choro por estar a quase um mês longe de casa. Choro por ter quase sido estuprada na primeira noite na Itália. Choro por me sentir egoísta e deixar meu orgulho gritar mais alto. Choro por não entender os meus próprios sentimentos com relação ao Coringa. Eu não estou chorando por causa do contrato de casamento que me submeti, choro simplesmente por minha causa mesmo.

– Minha pequena, não chore. – GS me abraça e faz carinho no meu cabelo.

– Eu... – Tento dizer algo, mas o choro que eu estava prendendo há muitos dias sufoca minha garganta.

Nós ficamos assim, em pé e abraçados, eu chorando e ele subindo e descendo sua grande mão pelas minhas costas. Não sei o que seria de mim se meu primo não existisse nesse mundo. Eu criara outros mil universos até tê-lo comigo.

Depois de um tempo, as lágrimas cessam. Graças aos céus não estou usando maquiagem, senão o estrago seria bem pior na minha cara. Sinto meus olhos inchados e com certeza estou toda vermelha. Sempre fico assim quando choro.

– Babi, você sabe que nós temos outra opção, não sabe?

Olho para GS por um momento tentando entender do que ele está falando. Percebo então que ele se refere a nossa fuga.

– Nós podemos aproveitar que ele está viajando e fugir. – GS continua a dizer.

– Fugir para onde GS? – Eu o confronto – Seria a mesma coisa que fugir do PH, você não acha? Se eu quebrar esse contrato, estarei pondo em risco não só a sua vida, como a minha e a da nossa família!

– Mas... – GS tenta falar, porém não dou brecha, continuo falando. Agora ele vai me ouvir.

– Não podemos ser egoístas, GS. Cumprir esse contrato vai ser moleza, não há nada com o que se preocupar. Difícil seria ter que viver uma vida fugida, e pior, perder quem eu amo. Se eu quebrar o acordo com o Coringa, ele vai nos perseguir para sempre. Se coloca no lugar dele, se coloca no meu lugar! Você iria até o fim por mim, então porque não me deixa fazer o mesmo por você?

Quando termino de falar isso, não estou chorando, mas as lágrimas ameaçam escapar de novo. Controlo-me. Preciso colocar um ponto final nessa discussão de uma vez por todas. Eu amo meu primo, mas chega de fazer besteiras. Sou capaz de assumir minhas responsabilidades.

– Eu te amo, Babi, e sempre vou te amar... – GS diz e eu sinto que vem um "mas" por aí.

Meu primo me olha com olhos inquietos e cheios de mistérios. Sinto-me aflita pelo que ele vai falar a seguir.

– E eu apoio você em tudo que você fizer. – GS completa a frase, com uma voz serena.

Eu o abraço forte. Meu primo me apoia! E se eu tenho o apoio dele, eu consigo superar qualquer coisa.

– Obrigada. – Sussurro em seu peito, sem me preocupar de fato com o mundo fora do braços do meu primo/irmão.

– Você pode seguir em frente com o casamento, mas eu te peço que tente convencer o Coringa de te liberar mais cedo.

– Por quê? – Saio de seu abraço para poder encarar sua face.

– A Voltan me contou que o PH está desconfiando do meu falso coma. Conhecendo bem o meu ex-chefe, ele não vai parar até descobrir a verdade, você sabe que ele tem meios pra isso.

Concordo com a cabeça. Realmente, pelo que sei, PH tem contatos com uma parte da elite carioca e pode facilmente se infiltrar num hospital da zona sul. Muito me admira ele ainda não ter feito isso.

Mas, preocupo-me mesmo é com a Voltan. Pela forma como Gilson está me contando, ela está do nosso lado e com certeza PH não sabe disso, ainda deve acreditar que ela não passa de mais uma de seus subordinados. Se esse bandido descobrir que está sendo traído, não quero nem imaginar o que pode fazer.

– Pelo bem da nossa família, é melhor a gente voltar o quanto antes. – GS continua.

– Por que você não volta sozinho? – Pergunto – Eu posso ficar aqui e terminar o contrato.

– Jamais vou te deixar aqui sozinha, nesse covil de mafiosos. Se algo acontecer, estarei aqui para proteger você.

Abraço meu primo. Sou grata por tudo que ele tem feito por mim e de certa forma eu não gostaria que ele realmente fosse sem mim. Aqui na Itália, meu único porto seguro é ele, não posso perder isso.

[...]

Saio do quarto de Babi depois de uma conversa difícil, mas esclarecedora

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Saio do quarto de Babi depois de uma conversa difícil, mas esclarecedora. Tive que abrir mão do meu orgulho e depositar sobre minha prima, pela primeira vez, total confiança.

Nisso tudo, essa casa, essas pessoas, esse casamento, eu só consigo enxergar desgraça e escuridão. Queria poder tirar agora mesmo minha prima desse turbilhão, mas ela pode lidar com isso sozinha.

Dirijo-me ao meu quarto e abro a porta. Vou para a varanda, contemplar a noite. Muito relutante, pego o meu celular e disco o número do cara que nos ajudaria a pegar um avião para o Brasil. Ao segundo toque ele atende e eu apenas digo:

– Pode cancelar tudo, eu e a Babi não vamos mais fugir.

[...]


Mais um capítulo pra vcs! Espero que tenham gostado ❤

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Convide algum amigo pra fazer parte da nossa família também! Chama a galera pra ler essa história 😏❤

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