Quando acordei naquele hospital, assombrei-me por ver que ainda estava vivo. Quando os caras do PH invadiram a casa da Babi e começaram a me surrar, a única coisa que eu pensava é que iriam me matar e pior, matar minha prima também. Mas no fim, acabei parando em um quarto todo branco e cheio de aparelhos. O bip era o único som que me garantia que não era um sonho.
Ao lado da minha cama estava Carol. Ela dormia tranquilamente, embora sua aparência parecesse de alguém que, há dias, estava em uma guerra. Marcas de cansaço apareciam por toda a sua face.
Sentei na cama e isso a fez acordar.
– GS você acordou! – Ela disse, feliz – Vou avisar pra sua mãe.
Carol saiu por um momento para fora da sala e me deixou só. Quando voltou, eu já estava menos tonto.
– Onde está todo mundo? – Perguntei, com a voz meio grogue.
– Estão vindo, não se preocupe. É a minha vez de ficar com você enquanto eles foram para casa tomar um banho e dormir um pouco. – Carol me tranquilizou.
Os meus tios e a minha mãe chegaram depois de cinco minutos. Eu já havia reparado que estava com a cabeça enfaixada e o corpo com hematomas já quase sarando.
– Meu filho! Você acordou! – Minha mãe disse assim que entrou no quarto.
Ela correu e me abraçou forte, entre um sorriso de felicidade e o choro de alívio, e eu senti minhas costelas doerem um pouco.
– Ai, mãe! – Reclamei, sorrindo.
– Desculpa, filho. Eu só tô feliz de ver que você está bem.
Meus tios me cumprimentaram e eu olhei pra porta, esperando mais alguém vir, como a minha prima e meus amigos.
– Cadê o pessoal? E a Babi? – Perguntei a Carol – Achei que eles estavam vindo.
– Gilson, as coisas não estão boas. – Foi minha mãe que respondeu. O seu olhar pesava mais que uma tonelada.
– Como assim? – Perguntei confuso.
Todos me olharam assustados. Havia alguma coisa muito errada que eles estavam me escondendo. Foi nesse momento que me lembrei da minha dívida com o PH e que eu, mesmo muito machucado, consegui ouvir ele dizendo para Babi que ela tinha três dias para arrumar o dinheiro.
– Meu Deus, hoje é que dia? – Eu me desesperei, querendo levantar da cama.
– Calma, filho, vamos te contar tudo. – Minha mãe me faz sentar na cama de novo.
– O que está acontecendo mãe? – Eu já estava sentindo uma mistura de desespero e impaciência.
Carol encarava o chão, com o olhar perdido. Minha mãe soluçou brevemente com um choro entalado na garganta e tia Soraia estava inerte, apertando o corpo em um auto abraço. O único ali que parecia estar mais bravo que triste era o meu tio.
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Um Mafioso para Amar | BABICTOR
Fanfiction[NOVO TÍTULO] Título antigo: PARA SEMPRE E SEMPRE BÁRBARA PASSOS se muda para o Rio com seus pais, pois sua tia, mãe do GS acabou de ficar viúva. Ela e o primo são inseparáveis. Ainda na sua primeira semana na cidade nova, Babi se depara com uma si...