Tinta e pergaminho | Sangue e osso (tradução)

Capítulo 47

As férias de verão, a época do ano que todos os alunos esperavam ansiosamente. Seis semanas felizes de nada, sem lição de casa, sem começos cedo, sem professores.

Não, nada.

Eliza estava tão entediada. Então, incrivelmente entediado.

Sirius a proibiu de praticar necromancia dois dias depois das férias de verão, depois que um de seus esqueletos de rato escapou do quarto e encontrou Sirius nas escadas. Coisas mortas deram a Sirius 'calafrios' e ele disse que se visse outro esqueleto reanimado, ele choraria.

Eliza sabia que não era uma ameaça vazia, então ela guardou seu livro de necromancia solitário e começou a se concentrar em outras coisas, nomeadamente se esgueirar pela biblioteca Black com Monstro. Ela havia encontrado muitos textos antigos enfiados em todos os tipos de buracos e fendas. Remus deu uma olhada na torre de livros dela e suspirou, oferecendo a ela um pouco de chá para acompanhar a leitura.

Eles eram os melhores.

Hoje foi diferente, porém, hoje Eliza não ficaria entediada porque hoje Blaise finalmente chegou. Sirius e Remus ficaram extremamente calmos com a notícia de que Blaise estaria morando com eles no verão. Sirius apoiava totalmente a fase rebelde de qualquer um e estava mais do que feliz em abrir Grimmauld para Blaise. Remus nem piscou e apenas perguntou quando o menino chegaria. Fazia sentido, Remus tinha testemunhado todos os demônios em primeira mão, afinal.

Ele sabia como as famílias de sua corte podiam ser disfuncionais.

"Filhote, por favor, pare de andar"

"Cale a boca" ela respondeu facilmente, mas de fato parou de andar, e se empoleirou no braço do sofá enquanto todos esperavam que Blaise chegasse através do flu. Suas coisas chegaram cedo esta manhã. Algumas malas haviam chegado da Itália e Eliza não ficou surpresa que metade das coisas de Blaise já estivessem guardadas nas mansões de sua corte. Alexander mandou algumas caixas e Narcissa entrou para entregar uma mala com as coisas de Blaise.

Ela também ficou para o 'chá da tarde', que foi essencialmente uma hora muito divertida de Sirius e Narcissa criticando quase todos os políticos na Grã-Bretanha bruxa. Eliza e Remus haviam se sentado do outro lado da mesa, tentando abafar suas próprias risadas enquanto bebiam suas xícaras de chá.

Ela realmente amava sua família.

Eliza se levantou de um salto quando o flú acendeu e antes mesmo de Blaise ter saído totalmente da lareira, Eliza já o estava abraçando. Ele se elevava sobre ela agora porque, embora Eliza tivesse parado de crescer em seu quarto ano, Blaise simplesmente não tinha parado. Ela sentiu a tensão lentamente sair dele e se afastou com um sorriso.

Era estranho ver Blaise tão nervoso, ele geralmente era tão confiante em si mesmo, mas Eliza se lembrava de como ela ficava nervosa quando conheceu os pais de Draco - ou mesmo o avô de Theo.

Os pais eram intimidantes.

"Blaise!" Eliza disse feliz enquanto o arrastava para a sala de estar "você conhece Sirius e Remus - obviamente" ela continuou, mas foi interrompida quando Sirius se juntou abruptamente à conversa.

"Como se o pequeno Zabini pudesse me esquecer"

"Ele é quase tão alto quanto você, Sirius." Remus interrompeu e Eliza bufou com suas travessuras habituais.

"Obrigado por me deixar ficar aqui senhor, professor." Blaise disse sério, inclinando a cabeça para os dois e Sirius fingiu engasgar no canto.

"Não me chame de senhor garoto, isso me faz sentir velha. Apenas me chame de Sirius - ou padfoot "ele acrescentou como uma reflexão tardia e Eliza observou quando Blaise sorriu de volta parecendo mais confortável.