v i n t e e q u a t r o

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[sem revisão]

A n g e l / L i g h t

— Ah, merda. Errei... – Uma voz masculina pragueja de maneira irritada, atestando que não conseguiu me golpear da maneira correta.

"Ah, merda. Errei?" Esse filho da puta está de sacanagem com a minha cara? Ele tenta me golpear e ainda possui a audácia de dizer essa porra?

— Quem é o maldito?! – Assumo uma postura alerta, retirando a pistola escondida em minha cintura. – Puta merda, agora estou puta. Muito puta!

Alguns segundos de silêncio se passam, até que a voz masculina soa novamente:

— Sou eu. – O homem sai do beco escuro, revelando sua figura. — Relaxa, eu não quero brigar. – Ele tenta amenizar a situação, ao perceber meu cenho franzido em um misto de ódio e surpresa.

Jake?

— Que merda você está fazendo aqui? – Questiono, irritada. — Ah, espera. Já entendi... – Dou risada, compreendendo a situação. — Albert te mandou atrás de mim, não foi? Mas que porra! Como aquele desgraçado já me achou?

— Espera, Light. Não é nada disso. Eu já disse que não quero brigar. – Jake esclarece, em uma postura totalmente relaxada.

— Você não quer brigar? – Cuspo suas palavras de maneira raivosa e desacreditada. — Seu maldito! Você me deu a porra de uma coronhada em minha cabeça! Se eu não tivesse desviado, provavelmente eu teria desmaiado! – Levo o cano da arma ao meu supercílio, indicando o corte.

— Ah, isso... – Ele suspira, estalando os lábios insatisfeito. — Foi mal.

Foi mal?

Uma risada de fúria escapa de minha boca. Meu Deus, eu sequer posso acreditar nessa merda. Uau, a coragem desse merda é realmente inacreditável.

— Você realmente quer morrer, não é? – Aponto a arma para sua cabeça, observando sua expressão. Que imbecil, ele sequer titubeia! — Eu seria imbecil se caisse nesse seu papinho de que não quer brigar. Obviamente você veio aqui a mando daquele desgraçado para tentar me capturar, não é?

— Eu estaria mentindo se dissesse que Albert realmente não ordenou isso. – Ele enfia as mãos no bolso, relaxando a postura. — Mas, acredite. Não é para isso que eu estou aqui.

— Ah, sério? – Arqueio a sobrancelha, em descrença. — Tudo bem. Diga-me o grande motivo que te fez vir aqui.

Estou apenas dando uma chance desse maldito professar as últimas palavras. Assim que eu escutar qualquer que seja a mentira ridícula que sairá de sua boca, o mesmo irá morrer.

— Eu também queria encontrar Jonathan. Assim que fiquei sabendo daquela confusão que ocorreu na organização, onde ele entrou daquela maneira furioso, sem medir as palavras ao conversar com Albert, pensei que ele poderia ter algo contra o nosso chefe. E então decidi pesquisar sobre esse cara, seguir ele por alguns dias, até que encontrei você saindo da empresa dele.

— E por que o repentino interesse em algo contra Albert?

— Pelo mesmo motivo que você. Eu sei que você tem ódio daquele verme. – Declara.

— Então está me dizendo que também tem ódio por ele? Qual seria a razão do seu ódio? – Questiono, atiçada pela curiosidade. Não sei se ele realmente está falando a verdade, mas ao escutar que alguém além de mim despreza Albert, conseguiu despertar meu interesse. Afinal, é como diz o ditado: "O inimigo do meu inimigo, é meu amigo".

Angel of the Death - Redemption MCOnde histórias criam vida. Descubra agora