Angel of the Death - Redemption MC

d e z e s s e t e

[sem revisão]

H e l l / A k u m a

— Eu não confio nela. – Assim que saímos do quarto onde aquela garota está, expresso minha insatisfação sobre ela para Robert — Ela é suspeita, Robert. Esse acordo foi um erro.

Ele não diz nenhuma palavra sobre a minha reclamação enquanto faz seu caminho para o escritório, aparentemente pensativo.

Abre a porta de seu escritório e adentra no cômodo, jogando-se sobre sua cadeira, totalmente imerso em outra realidade.

Entro no cômodo sem a sua permissão, mas o mesmo nem sequer parece perceber a minha presença.

Aparentemente tudo o que diz respeito sobre a Night Killers e o chefe dessa organização o deixa assim. Totalmente fora de foco. É quase como se ele estivesse imerso em uma realidade alternativa.

Deixo escapar um suspiro de frustração e sento na cadeira à sua frente.

Ele ainda não percebeu minha presença.

— Robert? – Tento chamar sua atenção, sem sucesso. — Robert? – Outra tentativa em vão. — Robert?! – Dessa vez elevo consideravelmente o meu tom de voz, estalando os dedos em sua frente, obtendo sucesso em captar sua atenção para mim.

Ele pisca várias vezes e me olha confuso, provavelmente se questionando quando eu entrei aqui.

— Ah, oi filho. – Robert parece um pouco constrangido, enquanto se ajeita em seu assento — Desculpe, não te vi entrar. O que quer?

— Eu não confio nela, Robert. – Digo novamente, referindo-me a garota. — Você não acha que foi meio precipitado aceitar esse acordo?

Ele parece compreender a situação, porém me olha de uma forma sem ânimo, soltando um suspiro cansado.

— Eu sei, filho. Eu sei. – Robert concorda, enquanto passa a mão por seus cabelos de forma nervosa — Mas ela é a nossa única opção, você não acha? Você sabe, Akuma. Sabe o quanto tentei procurar por esse maldito e também sabe o quanto falhei. Nunca consegui algo que de fato revelasse onde ele poderia manter essa organização. São anos falhando... Anos de uma dor de merda que a cada dia me consome e me desgasta cada vez mais. – Ele deixa os ombros caírem em cansaço e me olha com um brilho de dor expresso em seu olhar. — Eu estou cansado, filho. Cansado de não chegar a lugar nenhum. Cansado de desejar a presença da minha filha e obter somente a dor do fracasso; da perda. Então se houver alguma chance disso dar certo, eu preciso tentar Akuma. Eu preciso disso. Preciso me agarrar nesse fio de esperança que possa me ajudar a encontrar minha filha. Eu preciso disso. – Ele aperta os seus olhos em dor, segurando suas emoções — Eu preciso tentar, filho. Mesmo que eu não consiga, eu não tenho mais nada a perder, não é? Sempre estive no escuro de qualquer maneira.