v i n t e e c i n c o

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A n g e l / L i g h t

— Espera. Antes de começar, tem certeza que eles também precisam estar aqui? – Pergunto, observando todos aqueles homens reunidos no escritório de Robert. — Eu me lembro de ter pedido para falar com você – Elevo meu indicador próximo ao seu rosto, para em seguida, circular pela sala. — Não com eles.

— Imagino que você não iria vir aqui por assuntos banais, correto? – Assinto. — É relacionado com Albert, não é? – Assinto novamente. Ué, como ele sabe? Observando minha expressão de dúvida, ele responde com diversão: — Você não faz o perfil de quem viria aqui para jogar conversa fora. Já que é algo relacionado a Albert, todos os membros que prometeram ajudar nessa missão, precisam estar presentes quando o assunto for esse.

Ah, droga. Meu plano de interagir o menos possível com essa seita, – ou seria clube? bom, que seja. Tanto faz. – foram por água a baixo.

Controlo minha expressão de desgosto e concordo insatisfeita: — Como quiser.

— Então... – Robert começa. — Sobre o que quer falar?

Um pequeno suspiro escapa de minha boca, enquanto tombo a cabeça para o lado, refletindo sobre quanto ele deveria saber.

Pelo o que me recordo, ele está atrás de Albert. Sua motivação? Ah... não me lembro. O ponto é: Ele odeia aquele merdinha. As provas que Jonathan vai me fornecer irão ajudar em algo? E se eu mencioná-las, provavelmente ele irá querer descobrir sobre a origem das provas, certo? Serei obrigada a revelar? Claro que não. Por que eu faria isso? Que se foda, eu só irei tocar no assunto e ele decide o que quer fazer; a minha parte eu fiz.

— Certo... Então irei direto ao ponto. – Suspiro, ainda incerta sobre o quanto revelar. — Hoje, me encontrei com uma pessoa que pode ser útil para nosso objetivo. Ele possui provas que podem ferrar com Albert. Melhor dizendo, podem fazer com que ele seja preso.

Robert arqueia a sobrancelha, demonstrando curiosidade.

— Quem? E que provas seriam essas?

— Mas... – Ignorando suas perguntas, continuo com minha fala anterior. — Acho que não seria totalmente útil para o que eu quero. Ou melhor... Para o que nós queremos. – Antes que ele possa abrir a boca para falar algo, prossigo: — Você não quer ele preso, certo? Quer capturar você mesmo aquele maldito, não é?

— Você está certa. Antes que ele seja preso, preciso resolver algumas pendências com ele. Ele tomou algo precioso para mim, e eu preciso recuperá-la. – Ah, é verdade. Agora eu me lembro. Robert mencionou algo sobre isso quando me forçaram a assistir aquela reunião chata e entediante. — Albert sendo preso não irá me ajudar no que eu quero. Duvido muito que ele irá colaborar comigo caso eu o questione sobre o que eu preciso saber... Aquele maldito irá preferir morrer preso sem abrir a boca, do que me ver vitorioso.

Uma risada maldosa escapa de meus lábios.

— Você parece conhecer bem ele. Para lidar com aquele cara, é preciso apelar para métodos mais... violentos? – Reflexiono, pensando sobre o que iria fazer com que Albert cedesse. — Nah... acho que nem recorrendo a tortura esse maldito iria ceder e dar-lhe o gostinho da vitória. É orgulhoso demais para isso.

Conheço Albert. Sei o que ele faria, e não faria. E, definitivamente, ceder e entregar o ouro para o inimigo é algo que entraria para lista das coisas que ele não faria. Esse merda é ardiloso... Prefere morrer do que sair perdendo. Nem mesmo a morte o assusta mais do que ver alguém sair vitorioso sobre ele.

Angel of the Death - Redemption MCOnde histórias criam vida. Descubra agora