q u a t o r z e

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[sem revisão]

A n g e l / L i g h t

Assim que aquele maldito manda que eu siga seus companheiros à uma construção do lado do clube — é isso, um clube? Ah, que seja. — caminho para esse lugar que mais parece uma espécie de capela com os seus amigos à meu encalço. Eles estão posicionados estrategicamente para que eu não consiga fugir.

Grande merda. Se eu quisesse fugir, e tivesse condições para isso, essa formação não adiantaria de porra nenhuma.

Entro no lugar e paro na entrada, observando seu interior. Parece arrumado, com uma pintura azul-marinho pelas paredes, grandes janelas postas sobres as paredes laterais e um teto de vidro. Há vários bancos nas laterais e o corredor que se forma no meio tem em seu fim uma mesa alta acompanhada de uma poltrona, com um martelinho em cima. À sua esquerda, há uma outra poltrona solitária.

Esse lugar não é nada como eu imaginava.

Quando aquele bastardo — cujo nome é tão insignificante que já esqueci — me disse que seus amigos levariam-me para um "lugar adequado" para conversar, eu tinha em mente algo como um buraco sujo usado para torturar alguém em troca de informações. Pelo menos essa era a definição de Albert para um "lugar adequado" para conversas.

Parece que me enganei.

Bom, de qualquer forma, tanto faz. Pelo menos não irei ser torturada por hoje.

— Sinto muito em informar princesa, mas você terá que ficar de pé. Os bancos são somente para membros do clube. Não há espaço para você. — Um daquele grupo de merda diz ao meu lado. Qual o problema desses caras com esses apelidos idiotas?

Bem, tanto faz. Eu não pretendia me acomodar de qualquer maneira.

Quero terminar logo com essa merda e meter o pé daqui. Isso está começando a me encher o saco.

Que belo começo, Angel. Mal cheguei na cidade e já tenho essa recepção de merda.

Ah, como eu adoro viver...

Dou de ombros como resposta para o homem e caminho pelo corredor que leva para aquela mesa me sentando na lateral dos degraus que existem ali.

Inclino meu tronco para trás ficando deitada sobre os degraus e passo um braço pelos meus olhos soltando um suspiro pesado. Enquanto aquele maldito não aparece, tentarei descansar por alguns minutos. Estou começando a me sentir fraca, e isso não é um bom sinal. A resistência do meu corpo está começando a ceder...

Mesmo que eu tenha estancado aquele ferimento, perdi uma boa quantidade antes de fazê-lo. Além disso, não cuidei do ferimento apropriamente; provavelmente há estilhaços da bala em meu corpo. Eu não tinha tempo para retirá-los, então eu segui viagem mesmo assim. Uma viagem cansativa de doze horas sem nenhum descanso.

Mesmo tendo adquirido uma extrema resistência à essas merdas, não sou de ferro. Estou começando a me sentir fraca.

— O que você fez de tão grave para Hell não te deixar sair daqui? — Uma voz masculina soa pelo lugar, e eu retiro o braço dos meus olhos, liberando minha visão, observando o local de onde a voz surgiu. Há quatro homens e todos estão sentados em seus devidos lugares. Não me importo em responder e passo o braço por meus olhos novamente.

Angel of the Death - Redemption MCOnde histórias criam vida. Descubra agora