Um trágico ocorrido separa pai e filha. Perseguido por fantasmas de seu passado, Robert tem sua filha levada de sua própria casa por um cruel homem, chefe de uma das maiores organizações criminosas do país, Night Killers.
Albert, um homem tomado pel...
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— O garoto está agitado, Light. O que você fez?
Assim que retorno para o clube depois de uma longa viagem, Robert logo me recebe com questionamentos acusatórios.
Como sempre, esse lugar está rodeado por homens e algumas mulheres que nunca cruzei olhares. Sendo sincera, a maioria das pessoas aqui são desconhecidas para mim, já que basicamente ignoro a presença de todos. Eu não preciso interagir mais que o necessário.
— Eu não fiz nada. – Cansada, balbucio sem muita vontade. O que eu preciso agora é me isolar sem ter contato com nenhum humano pelas próximas horas. Já lidei com gente demais hoje.
— Não parece. – Ele cruza os braços, encarando-me com suspeita. — Ele tentou sair para algum lugar, mas eu o impedi. Não achei que fosse prudente deixá-lo sair naquele estado... O que você disse naquela ligação?
Ah, por favor... Me deixem em paz!
Suspiro alto. Levando a mão aos meus cabelos de forma frustrada, tento encerrar o assunto impacientemente:
— Eu não fiz nada, Robert. É apenas a puberdade, tudo bem? Pré-adolescentes são assim mesmo. Não faça tanto caso.
Porém, mesmo que eu tentasse dar por encerrado o assunto e subir para descansar, a vida não colaboraria tão facilmente comigo. Vadia maldita.
Assim que menciono o pirralho, passos pesados soam provocando um ruído forte na escada. Akira vasculha o local com o olhar, fixando-se em mim.
Ah, não, não, não...
O garoto caminha apressadamente até mim, dirigindo-me um olhar cortante.
Não gostei desse olhar.
— Por que você estava com ele? – O pirralho insiste na mesma pergunta que me fez na ligação.
— Apenas aconteceu. – Abano as mãos em descaso. — Não leve isso tão a sério.
— Eu 'tô te perguntando o por quê você estava com ele! – Exaltando-se, o pirralho eleva seu tom de voz, chamando a atenção dos presentes no local.
Com tantos olhos sobre nós, me remexo inquieta, estalando a língua em impaciência. Odeio toda essa atenção. Por que ele está fazendo todo esse show?
— Pare. – Adverto friamente. — Não é da sua conta, pirralho.
Ele morde o interior de sua bochecha, reprimindo a raiva. Seu semblante escurece ainda mais e ele acaba por soltar uma risada sem humor.
— Não é da minha conta... – Murmura, abaixando o olhar e cerrando os punhos. — Não é da minha conta? – Subindo o olhar ao meu novamente, ele repete. — AQUELE DESGRAÇADO MATOU A MINHA ÚNICA FAMÍLIA E VOCÊ DIZ QUE NÃO É DA MINHA CONTA, LIGHT? – E novamente, sua voz se eleva algumas oitavas.