Notas da autora: Fiquem felizes que tem 3 mil palavras esse cap! Boa tortura, digo, leitura! hahahaha
Permaneci inerte tentando pensar am alguma ação que fizesse o menor sentido, mas minha cabeça doía demais para conseguir me fazer lúcida o suficiente. Meu corpo ainda pesava toneladas e eu mal conseguia mexer meus dedos da mão.
Fui, definitivamente, nocauteada pela fada verde.
Abri os olhos e por um instante me perguntei se eu havia morrido e estava vendo a tal luz que todo mundo que tem contato com a morte e volta pra poder contar vê. Era apenas o sol entrando pela porta da sacada que deixei aberta na noite interior.
Meus ouvidos zumbiam estranho e quanto mais eu tentava mexer minha cabeça mais estranhos eles ficavam, iam e vinham, mais fortes e mais fracos. Assim que consegui me apoiar nos cotovelos percebi que havia uma mosca zanzando em cima do meu vômito já seco na minha coberta.
Que nojo.
Olhei no relógio e vi que já passava das nove da manhã.
Que dia era?!
Me levantei com um pouco de dificuldade por estar de frente para o sol e fui até o banheiro, tirei meu roupão e vi que também havia um pouco de vômito nele. Era a degeneração de um ser humano estampada em tecido por todo o meu quarto.
Aquilo era simplesmente ridículo.
Eu precisava de um banho longo e quente, então enchi a banheira e entrei tentando reordenar algumas memórias da noite catastrófica de ontem, eu mal me lembrava de ter vomitado e isso, definitivamente, era preocupante.
A primeira coisa que me lembrei foi do maldito pesadelo que me deixou completamente atordoada, muito mais do que qualquer pensamento que me assombrara a madrugada inteira. Aquilo foi cruel demais, não dava pra entender como algo dentro de mim mesma poderia fazer aquilo comigo. Às vezes parecia que existia um inimigo morando dentro da minha cabeça, um inimigo mortal que aquele velho barbudo e senil do Freud insistia em chamar de inconsciente. Aquela merda de pesadelo não poderia ser fruto de mim mesma, era simplesmente um suicídio!
Se era mesmo tudo fruto do meu inconsciente ele era um tremendo filho da puta.
E foi então que um frio na barriga me invadiu, quando ainda distante uma memória passou pela minha cabeça: a voz de Caroline chegando na minha casa.
— Puta que pariu!
Levantei da banheira ainda com um pouco de dificuldade e tratei de me enxugar rapidamente, fui até meu closet e peguei uma camiseta enorme branca e vesti meu bom e velho moletom.
Desci as escadas e fui direto para a cozinha onde ouvi vozes, mas chegando lá percebi que era apenas o rádio falando sozinho, a mesa do café posta e havia um bilhete encostado na minha xícara preferida: "voltamos depois do almoço, fiz rabanada está no forno e o café está extra forte porque pelo cheiro do teu quarto sei que bebeu demais ontem. Te amo!"
Olhei pra mesa novamente e vi que haviam louças para duas pessoas, sorri aliviada sabendo que Caroline estava com Letícia e que só voltariam depois do almoço e eu teria tempo suficiente pra fugir de casa para não encontrá-las. Talvez eu fosse levar Vivian para o cinema, algo do tipo.
Subi as escadas novamente e fui até o quarto da minha vida mais nova mas, pra minha surpresa, não havia ninguém.
Será que Letícia levou Vivian com elas?
Entrei no meu quarto ouvindo meu celular tocar.
— Mãe, você já está de pé? — Letícia perguntou do outro lado da linha.
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Nua (G!P)
FanfictionDayane é uma mulher divorciada que vive totalmente para os filhos após descobrir uma traição de sua esposa. O trauma foi tão grande que rompeu todas as suas convicções sobre o amor. Ela nunca mais se interessou por ninguém, até sua filha trazer uma...