Joguei meu corpo em cima dela e ficamos imóveis durante alguns minutos, eu ainda dentro dela, minha cabeça girando depois do orgasmo avassalador que acabara de ter, com ela, eles sempre eram fortíssimos, era uma química que eu nunca havia provado em toda a minha vida, como se ela tivesse sido feita pensando em mim, nas coisas que me fazem perder completamente a cabeça.
— Day... — tentou se soltar um pouco de mim.
— Oi... — minha voz soou preguiçosa fazendo-a rir.
— Você já pode afrouxar um pouco o abraço, está meio complico de respirar — disse rindo e só então me toquei que eu ainda a apertava com força.
— Ah, desculpe! Eu não tinha percebido que estava te apertando. — tentei me soltar dela, tirando meu membro de dentro de seu sexo.
— Eu não vou a lugar algum, pode ficar tranquila. — disse se virando pra mim e passando seus braços por cima dos meus ombros num leve abraço.
— Na verdade precisamos ir. — comentei enquanto passava meu nariz pelo seu rosto tentando aproveitar mais dela.
— Eu sei... — foi o que ela comentou antes de me dar um beijo delicado — eu só não tenho ideia de como não ficar te tocando o tempo todo, sinceramente.
— Ahh, eu sei! É uma tarefa cada vez mais difícil! Quanto mais eu toco em você mais quero tocar, é meio assustador na verdade. — confessei e vi um brilho se formar no olhar dela.
— Eu estou tão na tua, Dayane... Espero que você esteja na minha também.
— Garota, olha pra mim, olha o que tenho feito pra estar com você. É uma desgraça. — comentei e ela me acertou um soco no braço. — aí! — reclamei.
— Você adora estragar os momentos, puta merda! — disse brava me arrancando um sorriso.
—Não consigo evitar, sou racional demais pra me deixar levar, meu bem...
— Mas não consegue fugir de mim, já está até me chamando de meu bem — provocou.
— Eu não sei o que eu faço com você, garota.
— Me deixa ficar, Day... — pediu sinceramente enquanto segurava meu rosto com as duas mãos e me mantinha com os olhos grudados nela.
Ouvi batidas na porta e meu coração deu um solavanco, pedi para Caroline ficar quieta com meu dedo indicador posicionado no centro da minha boca, me soltei da camisinha jogando-a no cesto de lixo do jeito que a tirei, me enrolei no roupão e fui até a porta devagar
— Day! - sussurrou Vitão — anda, mana, a Vivi tá procurando a Carol.
Puta merda!
Respondi agradecendo e fui correndo colocar roupa e ajudar Caroline a fazer o mesmo, enquanto sentia o medo me comer pelas pernas. Eu parecia uma adolescente se escondendo dos pais depois de fazer algo proibido com a namorada.
Namorada.
Senti um frio percorrer a minha espinha com essa palavra, engoli em seco e com certeza devo ter feito uma enorme careta como quem acabara de engolir um pedaço de pão maior do que o esôfago pode lidar. Mas pra onde mais isso poderia ir? O que eu queria com tudo aquilo?
— Day! — estalou os dedos na frente dos meus olhos — o que você está fazendo? Vamos logo! — pediu desesperada e eu me dei conta que havia, como sempre, me perdido nos meus pensamentos.
Apenas terminei de colocar o short e corri até a porta, abrindo devagar e dando uma espiada no corredor pra me certificar de que não havia ninguém, enquanto Caroline se mantinha atrás de mim e foi só quando ela fez um carinho na minha mão que eu percebi que havia segurado na sua numa postura de proteção. Eu não fazia a menor ideia de como aquela menina conseguia fazer com que eu fizesse coisas das quais eu não conseguia controlar, logo eu, a pessoa mais racional e controladora que eu conhecia.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Nua (G!P)
Fiksyen PeminatDayane é uma mulher divorciada que vive totalmente para os filhos após descobrir uma traição de sua esposa. O trauma foi tão grande que rompeu todas as suas convicções sobre o amor. Ela nunca mais se interessou por ninguém, até sua filha trazer uma...