Notas da autora: Voltei pra animar a segunda-feira de vocês. Continuem comentando bastante que eu me animo em voltar logo <3
Deixei meu corpo em cima do dela sem a menor condição de tentar me levantar pelos próximos minutos, eu havia chegado ao limite máximo do prazer saudável e claramente flertado com a morte de tão violento que tinha sido aquele orgasmo. Ela tão pouco parecia bem, estávamos num estado de êxtase absoluto e tudo que eu queria pra acalmar meu coração era sentir o cheiro dos cabelos dela que era, sem dúvida, uma das coisas que eu mais amava no mundo.
— Espero não estar te machucando — disse com a dicção comprometida.
— Não está. Pode ficar. Eu me sinto protegida quando você me segura assim parecendo que não vai soltar mais. — sua voz saiu igualmente ruim.
Eu apenas saí de dentro dela ouvindo-a reclamar e me deitei ao seu lado puxando-a para os meus braços, ela deitou no meu peito e eu fiquei olhando pro espelho no teto a imagem de nós duas deitadas juntas enquanto eu fazia um leve cafuné em seus cachos vermelhos.
— Assim eu vou dormir...
— Ué, não foi você que disse que queria a noite inteira? — provoquei dando uma risadinha sacana.
— Sim, mas sexo com você eu já tive, sei que posso ter a qualquer hora, mas deitar no teu peito e poder dormir me sentindo a mulher mais feliz do mundo é a primeira vez.
Meu peito se encheu ao ouvir aquelas palavras. Caroline realmente também estava apaixonada, era surreal imaginar uma mulher como ela se interessando por mim. Fora a graça de ouvi-la dizer com tanta certeza o quanto ela tinha controle sobre meus instintos, tendo a consciência plena de que ela poderia me ter a hora que quisesse e eu, especialmente naquele momento, nua ao lado dela, não tinha a menor condição de tentar negar aquilo.
— Então dorme, meu bem... Dorme que eu estou aqui e não pretendo ir a lugar algum, tão pouco alguém vai nos incomodar. Eu já disse, essa noite você é minha.
Ela levantou um pouco a cabeça pra poder me olhar nos olhos e havia uma ruga em seu cenho.
— Sua eu já sou faz tempo e você está cansada de saber disso. Eu quero saber se hoje, ao menos hoje, você é toda minha. — pediu e eu senti meu estômago dar duas voltas dentro do meu corpo.
Fiquei um tempo olhando pra ela, segurei seu queixo com a ponta dos meus dedos e o acariciei levemente enquanto prestava atenção em casa traço daquele rosto lindo.
— Eu sou tua, Carol... Perdidamente sua... — confessei e vi seus olhos se encherem de lágrimas ao mesmo tempo em que um sorriso bobo surgia em seus lábios.
Ela voltou a deitar nos meus braços e me puxou para mais perto, num abraço um pouco mais apertado.
— Assim não te machuca? Não incomoda?
— Não, esse é o jeito que você tem de dizer o que sente por mim. Quanto mais você me aperta mais eu sei que você me quer.
Fazia sentido, pensei por uns instantes e não me lembro de ter ouvido de alguém que meu abraço era tão protetor, ela parecia mesmo se sentir segura neles e aquela era uma sensação da qual eu viveria noventa anos mas não iria me esquecer.
Aos poucos fui sentindo sua respiração ficar mais pesada e seu corpo molinho e entendi que ela havia dormido, a paz que me invadiu foi tão grande que eu poderia morrer naquele momento que eu ao menos me importaria. Em quase quarenta anos eu nunca havia me sentido daquela forma, meu corpo recebia sensações simplesmente sensacionais de estar perto dela, tudo que envolvia aquela mulher resultava em sentimentos intensos. Intensos demais pra alguém tão racional quanto eu.
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Nua (G!P)
FanficDayane é uma mulher divorciada que vive totalmente para os filhos após descobrir uma traição de sua esposa. O trauma foi tão grande que rompeu todas as suas convicções sobre o amor. Ela nunca mais se interessou por ninguém, até sua filha trazer uma...