Nua (G!P)

PRIORIDADES

Notas da autora: Sei que sumi, mas não estava nos planos. Minha vida é maluca com meus dois trabalhos e eu tive vários imprevistos com a minha gatinha que tá demandando tempo e energia. Então quando sobra algum tempo as vezes eu já estou exausta mentalmente e levei vários dias pra terminar esse capítulo. Espero que gostem!

Ps: não corrigi absolutamente nada.

Caroline olhou para ele e depois olhou para mim e eu imediatamente tive uma postura protetora, mas ela passou as mãos nos meus ombros com um olhar calmo para me tranquilizar.

- Deixa que eu resolvo, ela sussurrou para mim - você tem coisas pra resolver também...

Eu olhei ao redor e, pela primeira vez, vi todo mundo, a festa inteira, olhando para nós e, ao fundo, vi Letícia com uma cara nada, nada boa e ali eu soube que as consequências do meu ato de paixão seriam severas, mas me mantive firme, de algum jeito muito louco eu havia despertado do coma em que eu estava e não tinha mais medo algum do que quer que fosse, muito pelo contrário, eu estava feliz como fazia muito tempo que não me sentia e uma esperança muito grande de que tudo acabaria bem, cedo ou tarde, latejava no meu peito.

Caroline se soltou dos meus braços e entrelaçou nossos dedos antes de se afastar me dando um olhar de que tudo daria certo e sibilou um "eu te amo" antes de me dar as costas puxando Ethan pelo braço.

- Isso não vai acabar bem para nós, Dayane. - ele disse antes de seguir Caroline.

Aquela ameaça eu sabia bem do que se tratava, ele estaria fora da agência segunda-feira no primeiro horário, mas nem isso seria capaz de fazer eu me sentir arrependida, eu só conseguia focar em saber que ele estaria fora da vida dela, pelo menos como uma ameaça ao nosso relacionamento. Então, pro diabo! Eu estava disposta a enfrenta-lo caso fosse preciso, estava disposta a enfrentar qualquer um.

Fui até minha filha que estava petrificada ao lado dos amigos da turma de sempre que também pareciam horrorizados por conhecer a mim e a Caroline, me fingi de louca passando por eles e me dirigindo apenas à minha filha pois era a única que eu devia explicaçõe.

- Letícia, filha... Eu... - tentei mas ela me interrompeu.

- Que putaria é essa, mãe? Você beijou uma amiga minha na frente de todo mundo! O que foi aquilo? Crise de meia idade? - cuspiu.

- Mais respeito, menina! - adverti.

- Como você pede respeito agindo feito uma adolescente na frente de todo mundo? Sabe o quanto me envergonhou?!

- Eu sinto muito, não era para ter sido desse jeito... - encolhi os ombros.

- Ah é?! E de qual jeito você queria me contar que está comendo uma de minhas amigas?!

- Vamos entrar e ter essa conversa de um jeito menos constrangedor?

- Ah, jura?! Você está constrangida? VOCÊ ESTÁ CONSTRANGIDA?! - alterou completamente o tom de voz.

- Filha, por favor, se acalme, eu quero te contar tudo desde o início, vou contar tudo tudo, eu prometo.

- Quem sabe outro dia, dona Dayane, porque eu hoje vou dormir na casa da Mari. Eu não estou suportando olhar na sua cara.

Dizendo isso ela saiu andando puxando a amiga pela mão, mas não sem antes eu ver Mari me lançando um olhar como num pedido de desculpas como se tudo fosse ficar bem e eu a agradeci loucamente por aquilo.

- Mamãe?! - Vivian chegou me abraçando pela cintura. - Vamos entrar, vem! - me puxou pela mão em direção à porta da sala - Eu já resolvi tudo.

Só então me dei conta de que o som estava desligado e as pessoas começavam a ir embora, mas não sem antes olharem para mim. Recebia todo dia de expressão, algumas de choque, outras de desaprovação e alguns sorrisos.