NOCAUTE II

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Notas da autora: O nocaute de hoje vai ser forte, Carol postou umas fotos hoje que me deixaram inspirada 🥵
Preparadas? Que comece o cabaré!

Caroline se ajeitou tranquilamente em meus braços como um gato em forma de bola e adormeceu, não me importei com o fato dela não estar consciente para que a gente pudesse aproveitar nossa noite, muito pelo contrário, tê-la dormindo nos meus braços depois de se abrir tanto comigo era a maior prova de que ela se sentia segura comigo, de que eu estava tendo êxito em protegê-la, esse sempre fora um instinto muito latente em mim, mas devo confessar que ele nunca esteve tão forte como nos últimos dias, como agora após essa última conversa. Era inconcebível imaginar um pai tratando uma filha daquela maneira, ainda mais alguém como Caroline, ela era uma mulher feita e tinha total aval pra ser da forma que ela quisesse, uma mulher determinada, afrente de seu tempo, em toda a história da humanidade passou por maus bocados diante dessa sociedade conservadora e machista que ainda vivemos. É um trabalho de formiga e devemos toda e qualquer melhor, por menor que seja, à todas essas personalidades fortes que nunca aceitaram deixar de ser quem eram por nada e nem ninguém. Era assim que eu a via, ela era pra mim exatamente essa pessoa desde o primeiro dia em que ela entrou na minha casa. 

Ela se mexeu no meu colo e gemeu manhosa como quem está deitada numa cama macia e quentinha numa noite de inverno e senti meu coração derreter de vê-la tão aconchegada em mim daquela forma, seu olhos se abriram devagar, piscaram algumas vezes até focar nos meus trazendo um leve sorriso em seu rosto e me deixando com cara de idiota apaixonada que era exatamente quem eu era naquele momento.

— Oi... — disse manhosa ainda agarrada em mim.

— Oi, bela adormecida — brinquei e ela sorriu.

— O que eu posso fazer se teu colo é o melhor lugar do mundo?

— Você pode fazer o que quiser e ficar o tempo que for nele — disse dando um beijo no topo de sua cabeça — você está melhor?

— Uhum — disse antes de bocejar preguiçosamente — estou faminta.

— Mentira — usei um tom irônico fazendo-a rir e me dar um tapinha no braço.

— Vai se acostumando com o meus apetites.

— Eles não poderiam me fazer mais feliz, meu bem. — sorri sincera.

— Safada. — riu de mim.

Eu a beijei delicadamente num selinho insistente e repetitivo sem a menor pressa de sentir cada milimetro daquela boca carnuda enquanto passava a ponta do meu nariz no dela num gesto tão simples mas tão significativo, sentir o hálito dela, perceber sua respiração irregular pela proximidade, a tensão do corpo que o fazia se mover de um jeito tentador, nós tínhamos algo que poderíamos chamar de uma química infernal e bastavam poucos toques para que labaredas subissem pelos nossos corpos.

— Vamos pedir comida antes que eu faça uma besteira — comentei enquanto me esticava para pegar o telefone e ligar para o serviço de quarto — vou pedir o risotto novamente, tudo bem? — perguntei e ela apenas assentiu.

— A gente pode fazer muita besteira depois... — falou inocente piscando aqueles olhos lindos cor de chocolate — ou... — começou no mesmo minuto em que eu disse alô ao telefone — podemos fazer uma enquanto a gente espera a comida. 

Se abaixou, abriu meu zíper e depositou um beijo molhado na cabeça do meu pau quase me arrancando um gemido. Eu sentia a dificuldade de falar com a moça que estava do outro lado da linha enquanto eu olhava Caroline me chupar enquanto olhava nos meus olhos e meu membro crescia devagar em sua boca. 

— Eu vou querer o... o... — era difícil demais pensar durante aquela cena — o risotto... o risotto de... — tentava com todas as forças me concentrar no que eu estava dizendo mas foi quando eu a vi soltar meu membro pra rir diabolicamente ainda com meu pau em suas mãos. — de alho-poró-prá-dois-vinho-tinto-obrigada — cuspi tudo de uma vez como numa palavra só e desliguei.

Nua (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora