Capítulo 14

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Aviso: o nome do Jungkook está em negrito porque o capítulo todo contém os gatilhos acima

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Aviso: o nome do Jungkook está em negrito porque o capítulo todo contém os gatilhos acima. Até o final. Se não se sentirem confortáveis, não leiam.

Jeon Jungkook 


Mamãe costuma dizer que eu sou um bom menino, que não há garoto tão doce quanto eu e que eu sou seu maior orgulho. A verdade é que isso é o que todos dizem. Eu sou bom, eu sou puro, eu sou um bom menino.

Eu sou um bom menino.

Acreditar em todas essas palavras faz com que eu me esforce para ser o que dizem. Eu não sou inocente, sei perfeitamente de todos os males deste mundo, sei que não são todas as pessoas que serão boas comigo e que não tenho obrigação alguma de ser bom, mas este é o ponto sobre mim: eu sou capaz de ser ruim, eu sou ótimo com mentiras, sou ótimo em ser uma pessoa ruim e sou melhor ainda em fazer mal aos outros. Eu sou destrutivo se eu quiser, porém, não é o que desejo, eu não me importo com quantas vezes precise me machucar, eu simplesmente não quero me tornar ruim. 

Por que usar tanta maldade que há em mim, se posso ser bom? Se posso fazer outra pessoa sorrir e participar de seus processos de cura? Eu não sou bom por não conseguir ser ruim, eu sou bom por escolha própria. Eu escolhi ser luz.

Mas eu ainda sou humano.

Eu ainda tenho minha parcela de imaturidade, minha parcela de erros e vezes em que essa luz é consumida pela sombra. Eu acredito piamente que nossas sombras são a maior parte do que somos, quanto mais você vibra, quanto mais você emana luz, maior as suas sombras e elas te consomem, consomem tudo ao seu redor e uma vez tomado pelas sombras, se não se acostumar com a presença delas, elas tomarão conta de tudo o que resta de você. 

A sombra gosta de mim, gosta do que eu sou e eu sei que gosta ainda mais de quando a deixo transparecer, de como eu me torno incontrolável e cego, sem qualquer vestígio de luz. Ela gosta quando minha galáxia se apaga. Eu a controlo, entendo que ela existe e me misturo a ela, mas como disse há algumas palavras atrás, eu ainda sou humano e ser humano faz com que, facilmente, eu perca o controle e a sombra me devore.

...

Taehyung se joga ao meu lado no colchão macio, enquanto tenta controlar a sua respiração. Sorrisos bobos e apaixonados imperam em nossos lábios, enquanto o suor desce pela lateral de ambos os rostos.

Como notei ser comum entre nós dois, permanecemos em silêncio por alguns minutos e trocamos beijos longos e lentos, como se a intensidade de nossos corpos juntos tivesse que ser estendida mesmo após o fim de tudo. 

Nossos lábios se separam e os olhos se conectam. Taehyung me trás aquela sensação maravilhosa de ser amado e uma angústia no peito porque quanto mais olho para ele, mais eu percebo o quanto meus sentimentos são reais e crescem a cada segundo. São apenas três meses e eu sequer sei explicar como posso amar tanto em tão pouco tempo e ter tanto medo de que tudo acabe tão rápido quanto começou.

SINGULARIDADE - TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora