Capítulo 33

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GLENDA NARRANDO: 

Eu já estava em casa com Dylan, ele disse que não iria me deixar sozinha, então ele veio ficar comigo. Estávamos deitados na cama do quarto assistindo Grey's Anatomy enquanto comíamos um prato de brigadeiro, e depois de tudo o que aconteceu a noite até que estava bem tranquila, e eu nem percebi quando adormeci ao lado do Dylan. 

... 

Estava dormindo quando meu celular começou a tocar, ainda sonolenta eu peguei meu celular e atendi a ligação. 

LIGAÇÃO ON:

Alô? - eu falo e ninguém responde. - Alô? Tem alguém ai? 

Glenda? É você? - só então eu escuto a voz de Carina e um certo medo me bate na mesma hora. 

Carina? 

Olá querida, espero que tenha sentido saudades, eu disse que logo logo você começaria a perder todos aqueles que você pensa que ama não é mesmo? - ele fala e então eu coloco no viva- voz, e começo a acordar o Dylan. - Eu disse que seria muito em breve, e eu espero que tenha se despedido da sua irmãzinha porque ela não estará mais aqui em... cinco, quatro, três, dois, e... um. - de repente um grito foi possível se ouvir do outro lado da linha. 

NÃO, CARINAAAA. - eu só conseguia gritar e chorar por que eu sabia que minha irmã estava sofrendo e eu não podia fazer nada. 

Bye, Bye querida. Até a próxima minha pequenina. - ele(a) fala e então desliga o telefone.

LIGAÇÃO OFF.

Desesperada eu me levanto e começo a chora mais ainda, e então enquanto eu to andando de um lado pro outro, eu resolvo ir pra casa de meus pais, e contar a eles o que esta acontecendo, e o que aconteceu com a Carina.

Glenda, amor o que você ta fazendo? - Dylan fala e eu ignoro o mesmo. - Amor, para. Olha pra mim. - eu paro e olho pro mesmo, ainda chorando e em desespero.

Eu... eu preciso ir, tenho que contar pros meus pais, eles... - não consigo falar e ele me abraça.

Eu sei amor, e nós vamos. Vamos trocar de roupa, e eu dirijo, você não tem condições de fazer isso. - ele fala e então seguimos pro closet.

Troco de roupa rapidamente, e ele também, e eu pego tudo o que eu tinha sobre as ameaças, e seguimos pro carro e fomos pra casa dos meus pais.

...

Como eu tinha a chave da casa, não precisei tocar a campainha. Assim que cheguei na casa deles, fui até o quarto deles e os chamei, sem entender nada eles levantaram. Sem demora todos já estávamos na sala. 

Minha flor, o que aconteceu? - Jeff fala. 

Olha, eu sei que vai ser difícil pra vocês, eu sei que vai, porque esta sendo pra mim, e eu devido as circunstância eu não posso mais esconder isso. - eu falo e ele e Jane me olham. 

Querida você esta me assustando. O que esta acontecendo? - minha mãe fala. 

Dona Jane, eu vou lhes contar, por que eu acho que a Glenda não vai conseguir falar sobre isso, principalmente pra vocês. - ele fala e respira fundo antes de continuar. - Alguns meses atrás, a Glenda começou a receber ameaças, dizendo que ela perderia todos aqueles em que ela pensa que ama, e logo após essa ligação ela recebeu alguns fotos da Carina, dela no dia a dia. E ela não tinha recebido nenhuma mais ameaça, então achamos que aquilo não era nada. 

Até hoje. - eu falo e eles me olham preocupados. - Eu preciso de uma bebida. - sigo pro mini bar que tem na sala, e pego a garrafa de Brothers Bond Bourbon, e bebo na garrafa mesmo atraindo os olhares. - Hoje quando eu cheguei na empresa, minha secretária me entregou uma caixa, e ela não sabia quem pediu pra me dar, e quando eu abri a caixa, dentro tinha algumas fotos da Carina já dela grávida, mostrando sua barriga de seis meses, e também tinha uma carta dizendo que em breve eu a perderia, e também perderia o meu sobrinho. E que logo logo, eu e ele ou ela, estaríamos juntos, e que eles não seríamos os únicos que eu perderia. E também tinha um... um bebê recém nascido morto. 

Glenda, minha filha você ta me assustando. - minha mãe fala, mas eu não consigo terminar de contar o que aconteceu e começo a beber, e a chorar ao mesmo tempo. 

Dona Jane, a gente estava dormindo, e recebemos uma ligação, e era da mesma pessoa que vem fazendo as ameaças, só que quando nós atendemos, quem respondeu de primeira foi a Carina, e logo depois veio a ameaça da pessoa, e.... então nós ouvimos do outro lado da linha os grito da Carina, eu não sei o que fizeram com ela, mas estavam machucando ela. 

Meu Deus. Glenda, minha menininha ta sofrendo. - minha mãe fala já chorando, e indo pros braços do Jeff que já estava chorando também. 

Flor me diz que vocês já fizeram alguma coisa? - meu pai fala. 

Eu chamei um detetive da minha confiança, ele trabalha no departamento de polícia daqui de Nova York, e ele já esta ciente do que aconteceu, eu só preciso contar a ele sobre a ligação de agora. - Dylan fala. 

Mãe, Pai, eu só vim mesmo pra contar, por que eu acho que vocês tem o direito de saber, afinal ela é filha de vocês, e como eu já contei pra vocês sobre tudo o que eu sabia sobre as ameaças, eu já vou indo por que eu preciso pensar um pouco e beber também. Com licença. - eu falo e saio da casa com a garrafa de bourbon na mão. 

Dylan não demora muito pra vir atrás de mim, eu já estava dentro do carro bebendo, e ele entrou logo depois de mim, e então seguimos direto pra casa. 

... 

DYLAN NARRANDO:

Ela já estava na metade da sua quarta garrafa de bourbon, e estava muito alterada, e eu odiava ver ela assim mal, ela só chorava, estava sentada jogada no chão da cozinha chorando e bebendo. Eu claro estava ao lado dela, não importasse o que acontecesse eu estaria e queria estar ao lado dela, eu amo essa mulher, e faria de tudo pra vê-la feliz e bem, ela estava pacificamente bem, até terminar a garrafa e pegar outra. 

É tudo culpa minha, é culpa minha. - ela fala se levantando e indo até a sala. 

Amor isso não é sua culpa, você não teve culpa de nada disso. - eu falo tentando me aproximar da mesma. 

Como você pode ter tanta certeza? Quem te garante que isso não é culpa minha? E se o Iam conseguiu escapar da prisão e ninguém ta sabendo e ele quer se vingar de mim?- ela começa a falar a quebrar tudo na sala. - Esse cazzo é minha culpa, eu nunca deveria ter me envolvido com ele. - ela fala e joga a garrafa na parede.

Amor olha pra mim. - eu tento falar, mas ela não me dá atenção e senta no chão chorando.

É minha culpa. - ela continua repetindo, até que eu me aproximo dela e falo.

Amor, isso não é sua culpa, você não culpa de nada ta me ouvindo? - ela me olha com aqueles olhos assustados que sempre partem meu coração. - Vem amor, vamos tomar uma banho e deitar, e amanhã nós vamos na delegacia falar com o Tomás, ok? - ela apenas anui e fomos pro quarto pra tomar banho.

....

Depois que saímos do banho, nós nos vestimos e fomos deitar. Ela deitou e se aninhou em meu peito, e ali ficou chorando, eu não gostava de vê-la chorar, mas sabia que ela precisava daquele momento pra chorar, então eu a puxei mais pros meus braços. 

Saiba que eu vou estar sempre ao seu lado pra te ajudar, te apoiar e te proteger meu amor. - eu falo e ela olha pra mim. 

Eu sei disso amor, obrigada por isso. - ela fala. - Eu te amo amor. 

Também amor, te amo e muito. - eu falo e ela me dá um beijo rápido. - Boa noite meu amor. 

Boa noite amor. - ela fala. 

Não demora muito pra que ela durma, e eu ainda fiquei mais um tempo ali velando por seu sono, eu amo tanto essa mulher, mas o mundo só está destruindo ela. Espero que conseguimos achar a irmã da Glenda, ela já perdeu os pais, e eu não quero que ela perca a irmã também. Fiquei vendo-na dormir, que nem percebi quando eu dormi. 


CONTINUA...

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