14. Efeito dominó

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Às vezes, nos apaixonamos por pessoas que estão longe do nosso alcance

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Às vezes, nos apaixonamos por pessoas que estão longe do nosso alcance. Às vezes, encontramos o amor de nossas vidas em momentos errados. Às vezes, acreditamos que amamos com todo o coração, mas aí aparece outro alguém e percebemos que até então não sabíamos o que era amar de verdade...

Sentimentos são confusos. Irritantes. Complicados. Se pudesse, eu não os teria, mas uma vida sem amor costuma ser bem mais triste do que ter um coração partido.

Foi o amor que me fez construir aquela nave. Foi por amor que fiz tudo o que estava ao meu alcance para que o Ciano embarcasse junto comigo e, pelo mesmo motivo, estava motivado a não deixar que mais ninguém da minha família se machucasse.

Ter um assassino na nave parecia um problema para se deixar em segundo plano. No fundo, não me importava tanto com a vida da Laranja. O que queria, realmente, era poder descansar a cabeça no travesseiro e aguardar que a doença me consumisse, sabendo que fiz de tudo para proteger quem importava.

— O Preto não está aqui. – disse o Ciano, depois de ter entrado nos aposentos da Laranja e vasculhado o lugar. – Não entendi. Você o viu vir pra cá, não foi?

— Na visão das câmeras, ele estava seguindo pelo corredor principal, nessa direção. – falei, atravessando a porta e visualizando o caminho. – Talvez tenha seguido reto.

— Para a área de criogenia, então.

Ciano tinha razão, dava para chegar ao setor de criogenia por ali, bastava seguir adiante ao invés de parar nos aposentos da Laranja. Mas por que o Preto faria isso?

— Não sei se é uma boa ideia irmos até lá. – disse Ciano, me segurando pelo ombro. – É perigoso! Deixa que vou buscar minha roupa de proteção, pelo menos.

— Não temos tempo pra isso. Só fique aqui e me espere, tá bem?

— De jeito nenhum! Posso não ir com a sua cara, mas ainda sou seu irmão. Sem chance de te deixar sozinho com um possível serial killer.

Até na hora de me proteger, o Ciano conseguia ser um pé no saco. Mesmo assim, deixei que me acompanhasse até a entrada do setor de criogenia.

Havia um elevador de carga próximo dali. Raramente alguém usava, era lento demais e costumava enguiçar frequentemente. Se o Preto tivesse saído por aquele elevador, tínhamos perdido ele.

Além disso, o lugar era gigantesco. A Sala de Criogenia ocupava quase todo o segundo andar da nave e guardava mais de mil câmaras de criogenia com colonos em hibernação. Aquilo tudo era área restrita. Eu poderia prender o Preto só por ele estar ali.

Meus olhos demoraram para se ajustar à iluminação pesada do local. Toda a sala era dividida em blocos, com fileiras em linha reta, ocupadas por alguém que foi especialmente selecionado pela equipe médica.

— Nem sinal dele... Mas qual era aquela câmara com defeito, que você tinha comentado? – perguntou Ciano. – Talvez ele tenha voltado aqui por ela.

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