21. Sangue Inocente

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Aquilo não deveria ter acontecido

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Aquilo não deveria ter acontecido. Tudo o que me lembrava era do bisturi na minha mão, depois apaguei e acordei com uma dor terrível na cabeça, como se ela estivesse pegando fogo.

Minha mente estava confusa e ter acordado de supetão não ajudava em nada.

— Precisamos ajudá-lo! – gritou o Amarelo, enquanto Rosa colocava o namorado na maca e tentava fazer um diagnóstico rápido.

Corri até eles, ignorando os pensamentos terríveis que passavam pela minha cabeça. Não havia sangue nas minhas mãos, mas ainda sentia como se tudo fosse responsabilidade minha — como se tivesse sido eu quem ataquei o Preto.

— Segure ele o mais forte que puder. – Rosa ordenou, pegando o equipamento da mesa e tentando conter o sangramento. – Amarelo, me dá a anestesia, naquele armário!

Rosa não esperou a anestesia chegar para agir. Fez o melhor que pode para arrancar o bisturi, fazendo mais sangue jorrar enquanto rezava para que uma artéria importante não tivesse sido atingida.

As mãos dele tremiam, seu rosto estava suado, mas tentava se concentrar e manter-se firme.

Fiquei firme para ajudá-lo, mas foram horas de cirurgia e, em dado momento, não dei conta de continuar ali. Havia um assassino a solta e mais pessoas corriam perigo.

Amarelo se comprometeu a ajudar, mesmo que ele claramente estivesse pálido por ver tanto sangue de perto mais uma vez.

Cambaleei pelos corredores e tentei parecer o mais decente possível antes de conversar com meu irmão.

— Aí está você. – falei, irritado, assim que ele abriu a porta da Segurança.

Ciano tinha ficado nas câmeras de vigilância. Foi a única tarefa que passei para ele. Como as fitas de vídeo não gravavam mais, precisava de alguém que pudesse vigiar tudo o que acontecia pelos corredores.

— Céus, o que houve com você?

— Alguém entrou na Enfermaria e atacou o Preto. Viu quem foi???

— Não, eu...

— Te dei UMA SÓ TAREFA! – esbravejei. – É tão idiota que não é capaz disso?

Bati a mão na porta, passando para dentro da área de segurança e olhando todas as câmeras, excluindo qualquer desculpa que ele pudesse dar de que não funcionavam.

— Fiquei acordado a noite inteira. – Ciano se defendeu. – Não preguei os olhos das telas. Ninguém passou pelos corredores! – ele apontou para o monitor do meio. – Aqui, essa é a entrada da Enfermaria. Não desgrudei os olhos dela!

— Impossível. Alguém enfiou um bisturi no pescoço do Preto agora a pouco.

— Nesse caso foi alguém de dentro. Fiquei aqui o tempo inteiro observando o corredor!

Among Us | Gay Fanfic +18Onde histórias criam vida. Descubra agora