chapter 17

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Rosé

Eu estava chegando em casa quando ouvi meu celular tocar. Jungkook estava me ligando. Droga, droga, droga. Eu atendo?

Sim, atende logo!

Saí correndo da casa dele mais cedo, morrendo de vergonha. As coisas passaram dos limites, e não sei o que teria acontecido se Yoongi não tivesse chegado. — Puff. Quem eu quero enganar? É claro que eu sei o que teria acontecido.

Deslizei o botão para atender a ligação e coloquei o celular no ouvido.

— Alô.

— Rosé. — a voz rouca de Jungkook soou do outro lado.

— Eu mesma.

Tentei tranquilizar minha voz, mas a verdade é que eu estou enérgica até agora. Tanta coisa aconteceu em pouquíssimos minutos, eu ainda estou processando.

— Quero pedir desculpas pelo o que aconteceu mais cedo...

Espera, o quê?

— Não! Peço desculpas porque o Yoongi apareceu e não pelo o que estávamos fazendo.

Eu segurei o riso. É claro que ele não pediria desculpa por estar com a língua na minha boca. Jungkook não faria isso.

— Hã... O que eu deveria dizer? — perguntei entrando em meu prédio. — Desculpas aceitas?

— Eu não sei você, mas ainda não desculpei aquele filho da puta.

— Ele não teve culpa.

— Não importa. Chegou na hora errada.

Suspirei enquanto subia as escadas, moro no terceiro andar e até hoje não me acostumei com a escadaria.

— Você ligou só pra isso? — perguntei curiosa.

— Não.

Alguns segundos de silêncio.

— Por que não passa no bar hoje à noite? Vou gostar de te ver por lá.

Gostaria mesmo? Mas não perguntei em voz alta. Mesmo se eu quisesse ir, não posso.

— Hoje não dá. Tenho que preparar as aulas de amanhã.

Podia jurar que ouvi um suspiro frustrado na outra linha.

— Mas posso tentar ir amanhã, depois do trabalho. — falei me apoiando no corrimão da escada. — Não prometo nada, ouviu?

— Claro. Te vejo amanhã, Rosé.

— Até. — e eu desliguei.

Caramba. Acabei de falar com Jungkook pelo telefone e nós não brigamos? Merecemos um prêmio por isso. Tenho a estranha sensação de que as coisas estão começando a melhorar.

[...]

— Ele fez o quê?! — perguntei indignada.

— Isso mesmo. — Jisoo disse brava. — Me expulsou da casa dele às 10h da manhã e disse que com ele é só uma noite. Dá pra acreditar?

— Eu vou matar o Taehyung.

— Pode deixar, amiga, não vale a pena. — Jisoo disse enquanto saíamos da escola. — Mas eu só fui embora depois de dar um tapa na cara e um chute no meio das pernas dele.

— Essa é a Jisoo que eu conheço. — falei animada. — Mas eu ainda vou matar ele. Eu que dei um impulso pra ele chegar em você, e depois ele faz uma coisa dessas?

𝐄𝐒𝐁𝐀𝐑𝐑𝐀-𝐌𝐄 | 𝑹𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora