chapter 13

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Jungkook

Estranhei quando a vi entrando no bar, isso com certeza é uma novidade. A mulher que disse nunca mais vir aqui acabou de passar pela porta e está andando em direção ao balcão.

Sua expressão estava neutra e séria. Ela se sentou em uma das banquetas vermelhas e tirou o casaco marrom.

— O que devo à essa visita inesperada? — perguntei levantando uma sobrancelha.

— Uma garrafa de cerveja, por favor. — Rosé disse esfregando as têmporas.

— É pra já.

Ela não estava no seu estado normal. Estava séria como sempre, mas havia algo errado. Ela não me provocou ou fez algum tipo de piada sarcástica, isso é estranho.

Claro que é estranho, desde quanto ela mudou de ideia sobre vir aqui?

Peguei uma garrafa de cerveja na geladeira e abri antes de entregá-la. Rosé não esperou um segundo e já estava tomando toda a cerveja, em apenas um gole demorado. Ok, isso está me preocupando.

Quando ela pousou a garrafa no balcão e limpou a boca com o dorso da mão, eu disse:

— Deixe eu adivinhar. — falei. — Problemas com ex?

— Não. — sua resposta foi imediata.

— Trabalho?

— Não.

— Família?

— Exatamente.

— Ponto pra mim. — dei um sorrisinho.

Hoje meu humor estava ótimo e por incrível que pareça, ele não mudou quando vi Rosé entrando no bar. Geralmente ela me estressa só por existir. Parece que a noite não vai parar de ser estranha.

— Quero outra cerveja. — disse ela.

— Vai com calma, desse jeito vai passar mal.

Ela suspirou.

— Se eu ficar em um coma alcoólico, irei te agradecer até a morte.

— Você está bem?

— Pareço bem? — perguntou ela. — Quero beber até cair, acordar amanhã sem me lembrar do que aconteceu hoje e que as pessoas parem de me incomodar. É possível?

— Tem algumas chances. — digo coçando o queixo. — Vou pegar outra cerveja pra você.

— Obrigada.

Ela não bebeu a cerveja toda dessa vez, apenas um gole e então me encarou.

— Me desculpa.

Franzi o cenho.

— Como?

— Minha consciência pesou agora que estou no seu bar, então me desculpa pelo o que aconteceu aquele dia na delegacia. — disse ela enquanto brincava com os anéis prateados nos dedos.

— Interessante. — sorri presunçoso. — Continue.

— Não quis ouvir o porquê você estava lá e ainda te julguei mal. — disse ela. — Mas em minha defesa, eu estava enojada daquele lugar.

— Tudo bem. Desculpas aceitas. — digo apoiando as mãos no balcão. — Agora estamos quites.

Ela parou de brincar com seus anéis e estendeu a mão.

— Uma trégua?

Eu a olhei por um instante. Estava sendo sincera, seria um pouco cruel eu recusar já que sua noite não está sendo muito boa. Apertei firmemente sua mão e sorri.

𝐄𝐒𝐁𝐀𝐑𝐑𝐀-𝐌𝐄 | 𝑹𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌Onde histórias criam vida. Descubra agora