𝐄𝐒𝐁𝐀𝐑𝐑𝐀-𝐌𝐄 | 𝑹𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌

bonus: lismin

Jimin

Me jogo no sofá da sala quando termino de fazer tudo. Reviso minha lista de tarefas mental, para ver se eu realmente fiz tudo.

Deixar as crianças com Rosé e Jungkook: confere.
Limpar a casa inteira: confere.
Dar comida para os gatos: confere.
Confirmar a reserva no restaurante: confere.
Pegar o terno no alfaiate: confere.

É, eu fiz tudo sim.

Tenho planejado um final de semana à sós com Lisa já faz tempo, mas sempre surge um imprevisto e eu cancelo tudo. Desde que nos casamos e as crianças nasceram, não tivemos tanta privacidade para fazer nossas coisas sozinhos, e isso tem me incomodado, não vou mentir. Eu e Lisa não sentamos para conversar sobre o assunto, mas eu percebo que ela está cansada e precisa de um tempo pra nos colocar como prioridade.

Além de cuidar das crianças, que já estão com três aninhos, Lisa trabalha quase o dia inteiro na boutique. Quando chega a noite, ela faz o jantar, todos nós comemos e depois levamos as crianças para a cama. Tomamos banho juntos, mas nunca fazemos nada por medo de acordar as crianças ou porque estamos exaustos demais. Depois de deitar em nossa cama, não conseguimos pensar em nada além de dormir.

Eu também trabalho durante o dia, mas só algumas vezes na semana, então tenho passado mais tempo com nossos filhos do que Lisa. Ela também se sente culpada por isso às vezes, mas está tendo que segurar as pontas na boutique nesses últimos meses, sua única funcionária pediu demissão e até hoje ela não encontrou ninguém com potencial para substituí-la.

Então a culpa de não estarmos nos divertindo romantica e sexualmente não é toda dos nossos filhos, também é do nosso horário maluco de trabalho. Eu amo Samantha e Logan, mais do que a mim mesmo, mas eles precisavam ficar longe um pouco para eu ter um tempo com minha mulher. Liguei para minha melhor amiga Rosé e pedi para que ela ficasse com os dois durante esse fim de semana. Ela topou e os levou para Nova York, já que era dia deles irem visitar os pais de Jungkook.

Não sei se Lisa vai surtar com a ideia de nossos filhos estarem em outra cidade, mas espero que ela veja o lado bom disso tudo.

Sinto meu celular vibrar no bolso, quando o pego e olho no visor, Rosé é quem está me ligando. Espero que não esteja dizendo nada do tipo que meus filhos destruíram a casa de seu sogro.

— Rosé, oi.

— Ei, Jimin. Como estão as coisas?

Sua voz está como sempre, ou ela finge muito bem, ou realmente não aconteceu nada ruim.

— Tudo certo, e aí?

— Também. As crianças dormiram a viagem inteira, mas agora estão brincando com a Violet no jardim.

— Que ótimo. Sério, Rosé, muito obrigada por cuidar deles esse fim de semana.

— Não precisa agradecer, vocês precisam desse tempinho a sós. Vão aproveitar! — ela diz animada e eu abro um sorriso.

— Daqui a pouco ela chega em casa.

— Ela vai surtar no início, você conhece sua esposa. Mas depois vai super compreender e amar a surpresa que você preparou.

— Tomara.

— Confie em mim, vai dar certo.

— Está bem, qualquer coisa me liga. Preciso desligar.

— Não se preocupe, te ligo amanhã. — e então desliga.

O barulho do portão da garagem se abrindo, me fez perceber que ela está chegando em casa. Abro um sorriso com o pensamento de vê-la novamente, só a vi de manhã hoje. Penso também que sou um puto de um sortudo por ter conhecido essa mulher, e o mais interessante disso tudo, é que foi ela quem tomou a iniciativa. Eu nem tinha visto sua presença na inauguração do bar naquele dia, mas ela não tirou os olhos de mim e no outro dia me chamou pra sair. Amo essa mulher.