𝐄𝐒𝐁𝐀𝐑𝐑𝐀-𝐌𝐄 | 𝑹𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌

chapter 21

Rosé

— Nós vamos pegar um resfriado. — Jungkook disse me entregando uma toalha.

— Que nada. Foi uma chuvinha.

— Eu preciso voltar para o bar, mas pode ficar aqui depois do banho. — disse ele andando até a porta da suíte.

— Está bem. Até logo. — dei um sorriso fraco e ele saiu do quarto.

Soltei um suspiro pesado e fui até o banheiro. Fechei a porta e me certifiquei de que estava trancada antes de começar a me despir. Vai saber se um bêbado sobe as escadas e entra aqui? Melhor me prevenir.

A água estava quente, bem do jeito que eu precisava. Ficar debaixo do chuveiro por alguns minutos me faria muito bem, mas não estou na minha casa, então tentei ser mais breve.

Ouvir todas aquelas palavras duras vindas de minha mãe, foi como ser esfaqueada em vários lugares no meu corpo. E o pior, sei que Jungkook ouviu grande parte da conversa e agora me sinto horrível. Eu não queria que ele presenciasse aquilo.

Quando acabei o banho, vesti uma calça de moletom e uma blusa preta de Jungkook. Ficaram enormes em mim, mas não me incomodei, são confortáveis de qualquer forma. Abri as gavetas da bancada da pia, procurando por algum secador, mas não encontrei nem um mini. Tudo que tinha ali eram escovas de dentes, papel higiênico, creme de barbear e... Meu Deus, camisinhas.

Senti como se tivesse invadindo suas coisas, então escovei os dentes e saí do banheiro. Tive que usar a toalha para secar meu cabelo, enquanto procurava por meu celular na bolsa. Decidi ligar para Jimin, devo ser sincera com ele em relação à tudo.

Estou escondendo esse lance com Jungkook e não quis falar sobre o ocorrido de segunda-feira, — quando um estranho me seguiu. — Também tenho que contar o que aconteceu hoje, porque ele é meu melhor e não me esconde nada. Não é justo com ele.

Me sentei na grande cama e disquei o número de Jimin.

— Hey. — falei quando ele atendeu.

— Oi gata. — disse ele. — Novidades?

— Muitas.

— Uh. Espera eu me sentar. — esperei alguns segundos. — Pronto. Solta a bomba.

— Aconteceram algumas... Coisas.

— Com quem?

— Comigo.

— Que coisas? Você está me deixando agoniado.

Respirei fundo e contei. Contei tudo o que aconteceu na manhã que acordei na suíte, no aniversário de Jimin, até chegar no dia de hoje. Falei que Jungkook me ajudou no dia em que um homem me seguiu, que ele me defendeu da minha mãe e que aconteceram algumas coisas entre a gente.

Ele ainda não disse uma palavra. E agora eu que estava agoniada.

— Fala alguma coisa!

— O que você quer que eu diga? Eu já sabia.

— O quê?

— Que havia algo entre vocês dois. Era algo que eu desconfiava, mas não quis te pressionar. Deixei que você me contasse por conta própria, e super te entendo por isso. — Jimin disse. — Ele é um bom cara. Tudo que ele fez por você até hoje, prova que estou certo.

Sim, ele tem razão. Eu nunca imaginaria que Jungkook fosse um homem tão gentil.

— E sobre a sua mãe... Ainda bem que eu não estava aí hoje, eu teria matado aquela mulher. É uma desgraçada!