45° capítulo

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Ludmilla

           
Assim que saímos do orfanato vamos até a casa do meu irmão pegar o Henry.

          
Clarinha estava muito inquieta durante o caminho e não parava de falar, dou uma olhada para a Bru, que só ria do jeitinho da menina.

Clarinha: Já estamos chegando titia. - Ao olhar para mim eu sorrir acenando a cabeça e ela sorri.

          
Depois de alguns minutos a Bru para o carro e descemos as três, indo até a porta de Marcos. Eu bato na porta, e logo ele abre e nos olha assustado.

Marcos: Vocês resolveram pegar o Henry mais cedo, hoje?

Lud: Sim Marcos, é que pegamos a Clarinha hoje e ela queria vim buscar o Henry de todo jeito.

Marcos: Vem vamos entrar. - Nos cumprimentamos  e olho em volta pelo total silêncio que se encontrava o ambiente.

Lud: Cadê o Henry?

Marcos: Ele está dormindo faz horas, e não quer sair da cama . - O olho preocupada. - Acho que seria bom leva-lo em um médico.

Bru: Vamos levar ele agora, Lud. - Eu aceno e a vejo levantar. - Vou lá acordar ele. - Ela sai e Clarinha fica ao meu lado.

Marcos: E essa menina linda?

Lud: Eu adotei ela, Marcos. - Ele se levanta e anda de um lado para o outro.

Marcos: Nós precisamos conversar, Lud. - Concordo e olho para Clarinha.

Lud: Amor, você pode ficar lá no quarto com a Bru ? - Ela acena e saí logo sumindo pelo corredor a fora e nos deixando a sós . - Pode falar, Marcos.

Marcos: Você está doida Ludmilla que idéia é essa de adotar uma criança. - Ele passa a mão em seus cabelos de nervoso . - Henry ainda é novo e vocês nem casaram ainda.

Lud: Desculpa, meu irmão, mas eu precisava adotar essa menina. - Ele me olha se sentando no sofá a minha frente e juntando as duas mãos em seu colo.

Marcos: Porque precisava?

Lud: Porque ela já é parte de mim, e eu não poderia deixar ela lá naquele orfanato sozinha.

Marcos: Ludmilla você é nova e a Brunna também. Vocês já tem o Henry para cuidar e mesmo assim tem que se dobrarem para dar conta. Vocês acham que darão conta?

Lud: Eu tenho certeza que damos, Marcos. Eu e Bru já amamos essa menina como nossa filha, e eu espero que respeite isso. - Ele acena rendido e se levanta aproximando de mim com um abraço longo.

Marcos: Desculpa por eu ser esse irmão protetor, mas eu não consigo me controlar. Você sempre será uma menininha para mim. - Nos afastamos e o olho sorrindo. - E não importa quantos anos passam.

Lud: Obrigada irmão, por me entender. - Ele sorri e olhamos ao corredor, e a Bru com Henry no colo e Clarinha ao seu lado com a bolsa.

Bru: Desculpa eu entrar assim, mas precisamos ir ao médico urgente, Henry não está bem. - Me despeço do meu irmão e pego Henry com a Bru e caminho até a porta, as esperando terminar de se despedirem do meu irmão.

            
Saímos e entramos no carro, coloco Henry na cadeirinha e Clarinha no assento, e partimos até o hospital.

            
Assim que chegamos no lugar, tirei o Henry da cadeirinha e entro com ele, enquanto a Bru trazia sua bolsa e Clarinha juntos.

Henry: Mamãe, minha cabeça dói muito.

Lud: Só mais um pouquinho amor. - Beijo o seu rosto e vou até a recepção e olho para a enfermeira que tinha os olhos grudados no computador. - Oi senhora, meu filho não está nada bem. - Ela me olha se levantando e vindo até mim, mede sua pressão e me olha com uma cara nada boa.

Enfermeira: Vamos ter que levar ele para sala, agora. - Olha para mim e depois para outra enfermeira ao lado. - Chama o doutor Gutierrez por favor, Carla. - A outra sai pelo corredor a fora .

Lud: Por favor, me diga que não é nada sério.

Enfermeira: Eu não sei o que é direito, mas me acompanhe que logo o doutor vem examinar. - Eu começo a andar e olho para trás.

Bru: Eu posso entrar também enfermeira? - Ela balança a cabeça negativamente e entro pedindo para a Bru me esperar, e que depois voltava com notícias.


Brunna

         
Quando entrei no quarto do irmão da Lud pra pegar o Henry, ele estava chorando e reclamando de muita dor na cabeça. Comecei a arrumar suas coisas e colocar na bolsa, pego o Henry no colo até ver Clarinha me esperando na porta.

Bru: Você poderia me ajuda com essa bolsa, Clarinha. - Ela acena pegando e me olhando com Henry no colo.

Clarinha: Henry está dodói, tia?

Bru: Sim, meu amor, precisamos correr.

          
Assim que chego na sala, A Lud fica preocupada e a chamo para irmos. Nos despedimos e pegamos o carro, dirigindo até o hospital.

          
Assim que chegamos, deixei a Lud ir com Henry na frente, enquanto pegava sua bolsa. Seguro as mãos de Clarinha e caminhamos até entrar no hospital.

           
Assim que entro vejo a enfermeira examinando a pressão do Henry e logo mandando chamar o médico.

          
Como podia entrar só uma pessoa, a Lud entrou. Eu não parava de olhar para o relógio e nada da Lud aparecer.

Clarinha: O tia, será que o Henry está bem? - Pego sua mão e a beijo e a vejo sorrir.

Bru: Vamos só esperar mais um pouco, meu amor. - Ela acena e ficamos por mais algum tempo ali parada . - Você quer comer alguma coisa meu bem? - Lembro que Clarinha não tinha se alimentado desde cedo e minha consciência pesou na hora.

Clarinha: Eu estou com fome, mas podemos esperar eles. - Me levanto e pego em suas mãos.

Bru: Você também quer ficar doente? Claro que não vou deixar, então vamos ali na cafeteria e pegamos algumas coisas para eles comerem depois. O que acha? - A levo até o outro quarteirão da rua e peço uns pão de queijo e café para nós.

            
Assim que acabamos de comer e pedimos mais algumas para levarem, voltamos ao hospital e nada da Lud e do Henry ainda.

            
Nos sentamos novamente e a cada minuto olhava para o corredor e nada. Meu coração estava batendo tão rápido que meu nervosismo começou aparecer.

           
Clarinha aperta minha mão, e quando olho para o corredor vejo a Lud bastante abatida e limpando algumas lágrimas que escorriam por seu rosto.

           
Peço para Clarinha me esperar ali e vou até a Lud, que parou no corredor sem forças para continuar a andar.

           
Me aproximo até ela e a abraço com um aperto em meu coração. Ela não parava de chorar e no mesmo instante levanto sua cabeça e a olho limpando suas lágrimas.

Bru: Amor, o que aconteceu? O que o médico falou, meu amor?

 

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