49° capítulo

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Ludmilla

         
Sei que a Bru ficou triste por eu não ir com ela amanhã e nem levar as crianças, mas eu precisava pensar em Henry que ainda está com a saúde debilitada. Não poderia complicar mais o seu caso.

          
Assim que terminamos de jantar nos reunimos na sala e conversamos, enquanto a Bru se levanta indo para a cozinha.

          
Enquanto conversávamos sobre diversos assuntos, noto que a Bru não voltou e o médico não se encontrava na sala.

          
Me levanto pedindo licença aos convidados e saio indo até a cozinha. Quando me aproximo da porta vejo o que não queria ver, o médico agarrando a Brunna em minha cozinha e na minha frente.

Lud: O que é isso em minha cozinha? - O médico a larga e me olha assustado. - Saia da minha casa agora, não quero te ver mais aqui, entendeu. - Ele olha para a Bru que estava assustada e que o olhava com raiva.

          
Assim que ele sai, a olho e viro as costas indo até a sala e me despedindo do resto do pessoal. O clima não ficou muito legal entre nós duas e eu não conseguia tirar a cena que vi da minha cabeça.

         

Quando resolvo colocar os meninos para dormir, a Bru resolve ir tomar um banho e me deixa sozinha com os meninos.

Clarinha: Vocês estão bem mamãe ? - A olhei assustada com sua percepção, crianças realmente tem uma visão incrível.

Lud: Estamos meu amor. - Abaixo a cabeça e sinto uma lágrima querendo cair dos meu olho que limpo na hora para Clarinha não perceber.

Clarinha: Mãe. - A olho e seu sorriso aumenta. - A Brunninha te ama e nós te amamos. - Sorrir e limpo as lágrimas que agora não conseguia mais disfarçar. - Não chora não Mamãe, nos te amamos. - A abraço forte e a deito logo em seguida.

Lud: Agora você dorme meu amor, que amanhã iremos fazer muitas coisas juntas. - Ela sorri e fico com ela  até pegar no sono.

          
Fico um tempo olhando meus dois pequenos enquanto dormiam. Fico alguns minutos e me levanto indo até o nosso quarto. Quando a vejo deitada e chorando, meu coração se parte na mesma hora.

          
Me sento no corredor e fico alí chorando não suportando a dor que tinha em meu peito.

          
Ouço seus passos vindo em minha direção e se ajoelha me abraçando e enquanto choramos juntas abraçadas.

          
Quando nos afastamos e a olho vejo seus olhos mais Claros que o normal e ali vejo que ela está sofrendo que nem eu.

Bru: Me desculpe meu amor. - Ela limpa suas lágrimas e fala com a voz chorosa. - Eu não sabia que ele ia me agarrar. - Fico calada e me levanto indo até o quarto e pegando um pijama e indo tomar um banho.

           
Juro que eu queria falar alguma coisa para ela, mas eu não conseguir, é mais forte que eu.

          
Quando acontece algo parecido com isso, eu me fecho até poder esclarecer meus pensamentos. Eu sou assim e não nego.

          
Tomo o meu banho e assim que saio resolvo ir conversar com a Bru. Vou até o quarto dos meninos e nada, na cozinha e na sala e nenhum sinal dela. Vejo um papel escrito em cima da mesinha do centro e os meus olhos se encham de água.


Brunna

            

Quando estou na cozinha bebendo água e vejo Carlos se aproximar me viro o olhando e assustada por está tão perto.

Carlos: Você não acha que merece um relacionamento melhor Brunninha? - O olho confusa e balanço a cabeça negativamente.

Bru: Eu amo a Lud e é com ela que quero viver o resto de minha vida.

Carlos: Tem certeza. - Ele segura meus braços para trás e segura minhas pernas com seu corpo, evitando que o pegasse de desprevenido.

Bru: Me larga, eu não quero. - Tento me afastar, mas é mais forte que eu e sinto seus lábios encostar nos meus.

Lud: O que é isso em minha cozinha? - Ele me larga e com isso consigo respirar até ver o olhar da Ludmilla em mim.

         
Fico imóvel sem atitude e a vejo ela expulsar o Carlos de nossa casa e me virar as costas. Juro que queria conversar com ela, mas o meu medo era tanto, que tinha certeza que não acreditaria em mim.

         
Quando os convidados foram embora. A Lud estava me evitando, eu não sei se eu agradecia ou se eu chorava.
        
         
Depois de algum tempo vou até o quarto e me deito e a sua falta ali do meu lado machucava tanto o meu coração que doía muito.

         
Me levanto e vou a sua procura e a encontro no corredor e a abraço enquanto choramos juntas. Eu me sentia tão mal de deixar ela assim, não queria que aquilo tinha acontecido. E não queria ter que ir amanhã para Salvador sem ao menos nos entender.

          
Tento me explicar e ela me olha se levantando e indo até o quarto. Fico ali sentada chorando e resolvo dar umas voltas para esfriar a cabeça.

          
Pego um papel e escrevo tudo que estou sentindo e o meu medo de ela não me perdoar.

          
Saio de casa e pego o carro até a praia e me sento na areia curtindo a brisa e o barulho das ondas. Ficar ali me fez lembrar de ontem, quando a trouxe aqui e a amei cada pedacinho do seu corpo e de sua alma.

          
Essa lembrança me fez sorrir e na mesma hora chorar. Como queria que ela estivesse aqui e que pudesse me perdoar. Eu não sei porque quando a gente está tão bem, sempre tem alguém atrapalhando, será que nós nunca conseguiremos ser felizes sem ninguém nos atrapalhar.

           
Respiro fundo e fico pensando se é realmente isso que eu quero para vida, ter uma vida cheia de complicações com a Lud ou ter uma vida sossegada e sem a Lud.

           
Deito na areia e olho para o céu todo estrelado e limpo minhas lágrimas. Fico ali imaginando o que faria de agora para frente, temos duas crianças juntas e um casamento a frente. Será que seria melhor darmos um tempo ou lutarmos juntas pela nossa felicidade?












Gente, fiz uma pequena maratona, pois talvez não volto mais hoje e amanhã vou ter um dia corrido, provavelmente tbm não vou aparecer aqui.

       

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora