95° capítulo

537 52 2
                                    

Ludmilla

       

Durante o caminho para o sítio, eu pego o meu celular e mando mensagem para o número do meu pai. Eu vejo um horário e um lugar aonde eu posso encontra-lo. Eu não estava muito afim de topar com ele, mas eu precisava para manter a minha mente tranquila.

        
Sei que a Bru se dispôs de ir comigo, mas eu não vou a envolver nisso.   

         
Essa história eu tinha que resolver e se meu pai soubesse que eu tinha um caso com mulher ele faria da nossa vida um inferno.

         
Pelo o que eu me lembro dele e o que minha mãe me conta, ele é um cara machista e preconceituoso.

E eu não quero que ele fala algo, ou machuque a minha Bru. Eu não deixarei isso acontecer, nunca.

Bru: Amor. - Saio do transe e ela me olha rapidamente olhando para a direção enquanto dirigia. - Você está pensativa demais. É sobre o seu pai?

Lud: Sim, amor. - Ela segura a minha mão que se encontrava livre. - Mas eu não sei se fiz o certo.

Bru: Eu acho que quanto mais cedo resolver as coisas é melhor, meu amor.

Lud: Eu sei disso e eu vou enfrenta-lo nem que seja a última coisa que eu faço na vida.

Bru: Não precisa ter medo, eu vou com você.

Lud: Eu prefiro que não, amor.

Bru: Eu não vou deixar você ir sozinha. - Eu fico calada e logo ela me chama alto, me fazendo a olhar. - Eu vou com você e não tem o que discutir.

Lud: Eu quero ir sozinha, amor.

Bru: Mas eu não vou deixar.

Lud: Que saco Brunna, não insisti nisso. Você não conhece o meu pai e eu não quero que você o conheça.

Bru: Tem vergonha de mostrar para o seu pai, que você namora com uma mulher, Ludmilla. - A olho pega de surpresa pelo que ela acabou de dizer e sorrir.

Lud: Nós estamos namorando é? - Mudo o rumo da conversa, porque se não acabaríamos brigando.

Bru: Eu achava que sim. Não estamos? - Ela me dá uma olhada séria e rápida. - O que eu sou para você, Ludmilla?

Lud: Detesto, quando você me chama de Ludmilla. - Eu fecho a cara e ela me olha brava.

Bru: Vai me responder ou não?

Lud: Em casa eu te respondo.

Bru: E porque não responde aqui?

Lud: Porque eu preciso te mostrar as duas coisas que eu te falei primeiro.

Bru: Tá certo.

          
Chegamos e assim que entro olho a sala em um silêncio. Pego a mão da Bru e a guio até o segundo andar entrando em nosso quarto.

          
Assim que olho para a nossa cama olho para os nossos dois filhos dormindo que nem anjinhos nela. Faço um sinal com o dedo de silêncio para a Bru que assente entrando.

         
Me aproximo da cama e a Bru vai do outro lado sorrindo. Vou até Clarinha e a encho de beijinhos enquanto a Bru faz o mesmo com o Henry. Logo eles despertam e nos olha sorrindo.

Henry: Mamães, que bom que já chegaram. - Olho para a Bru que tinha um sorriso imenso no rosto e Chamo Henry para o meu colo o enchendo de beijinhos. - Quando vamos sair para tomar sorvete, hein mamãe?

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora