87° capítulo

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Brunna

Acordo com grande dificuldade de abrir os olhos pois a claridade do quarto ofuscava os meus olhos. Me viro contra a claridade da janela e assim que consigo abrir meus olhos vejo a Lud dormindo do meu lado.

Fico ali a olhando dormir admirando cada traço de seu lindo rosto. Levo minha mão ao seu rosto para toca-la, mas me arrependo antes mesmo de fazer isso. Se eu fizesse isso ela ia acordar e o que eu iria falar a respeito?

Me afasto lentamente me levantando e no mesmo instante me lembro da foto. A procuro em cima da cama e nada.

Lud: Está procurando isso? - Olho para o meu lado assustada e vejo a Lud com a foto em mãos. - Eu a peguei assim que você dormiu.

Bru: Você está acordada a quanto tempo?

Lud: Eu nem dormi. - Ela sorri me deixando envergonhada e eu abaixo a cabeça. - Eu ia amar o seu toque em mim, só não sei porque se arrependeu antes de me tocar.

Bru: Desculpa é que eu não queria te acordar e por algum motivo você me atrai muito. E isso me dá medo.

Lud: Eu entendo. - Ela sorri e me estende a foto. - Toma pode ficar com ela.

Bru: Essa foto foi quando? - Eu pego a foto e Lud parece pensativa. - Lud, você não lembra quando foi essa foto?

Lud: Essa foto foi no dia que eu te pedi em casamento. Estávamos nós quatro no parquinho no Rio de Janeiro. - Olho para a foto e sorrio imaginando a cena do pedido.

Bru: E como foi o pedido? - Ela me olha pensativa e calada. - Lud, porque você está demorando para me responder as perguntas? - Ela suspira fundo e senta na mesma hora.

Lud: É que estou com medo de te contar as coisas e você voltar com a dor de cabeça. - Eu pego a sua mão e ela me olha pesadamente. - Eu não gosto de te ver mal, isso me dói.

Bru: Lud, eu preciso de respostas e se você esconder de mim eu vou ficar pior. Eu quero saber tudo o que eu não lembro.

Lud: Mas e se a sua dor de cabeça voltar? - Eu aperto ainda mais a sua mão e vejo seus olhos marejados. - Eu não vou aguentar te ver sofrendo de dor e não poder fazer nada.

Bru: Lud, você já está fazendo. Você cuidou de mim e eu sou muito grata. - A vejo sorrir. - Agora me conte como foi o pedido?

Lud: Eu me ajoelhei na areia do parquinho e falei " Brunna Gonçalves
você aceita se casar com uma mulher linda e ciumenta que nem eu?".

Bru: Sério? E como foi a minha reação?

Lud: Você se ajoelhou na areia junto comigo e emocionada me respondeu " Claro que aceito meu amor". - Eu paro para imaginar a cena e sorrio. - Foi um dos dias mais feliz da minha vida.

Bru: Eu Imagino que deve ter sido da minha também. - Eu olho a foto que está em minhas mãos e logo sinto algumas lágrimas rolar pelo meu rosto. - Eu queria muito me lembrar desse momento e de vários outros que passei com vocês.

Lud: Bru. - Eu a olho e no mesmo instante ela limpa os meus olhos. - Você ainda vai se lembrar e quando esse dia acontecer, eu serei a mulher mais feliz dessa vida. - A olho com um sorriso nos lábios e os encaro por um tempo me aproximando aos poucos.

Quando eu estava quase perto de tocar os seus lábios, ouço o barulho da porta se abrir e me afasto na mesma hora.

Henry: Mamãe vamos para piscina?- Ele corre em minha direção e tenta subir em minha cama mas não consegue. - Me ajuda mamãe? - Dou um enorme sorriso e o pego o colocando em cima da cama. - Um dia eu ainda consigo subir sozinho, mamãe. - Ele dá um sorriso sapeca e me abraça.

Pra Sempre SuaOnde histórias criam vida. Descubra agora